Nós não sabemos se estamos em constante processo de evolução, ou se já estamos diante do fim do mundo, realmente é surreal o que ocorre atualmente no Brasil, principalmente na esfera jurídica.
Os atuais procedimentos processuais deflagrados pelo Supremo tribunal federal não só assusta aos mais crédulos dos cidadãos, mas como o faz duvidar da referida ciência jurídica. É primário no direito processual penal o entendimento de que jamais uma pessoa, possa figurar como vítima, acusador, e julgador no processo em epígrafe.
O juiz reda Alexandre de Moraes, permita esta colocação, mas é a analogia mais próxima que consigo fazer a atividade desenvolvida por este cidadão, já que assim como o reda, ele não é concursado, assim como reda, ele exerce uma função correlata, e assim como um reda é uma indicação política. Quase que sempre por se tratar de uma indicação política esses indicados representam um certo incomodo aos concursados, já que exercem as suas atividades com o intuito de agradar aos seus padrinhos políticos, contudo é algo que acreditávamos ser improvável, porém estamos assistindo, um juiz reda ter muito mais poder que um concursado.
Para a atividade das funções públicas é imprescindível algumas condutas, dentre elas recomenda-se a descrição, no caso dos magistrados o CNJ é o órgão que fiscaliza a conduta dos juízes togados, e Alexandre de Moraes é fiscalizado por quem? Em tese, deveria ser pelo senado federal, mas como a maioria dos senadores têm processos pendentes no STF, estes fazem vistas grossas aos desmandos de Alexandre.
Pois é, parece que sem querer os políticos conseguiram a fórmula de como criar um Frankstein, e assim como na fábula, o bicho está descontrolado, não obedece mais as ordens do chefe e de ninguém, age por conta própria, atropelando a tudo e a todos. E a constituição? Esta o monstro já rasgou a muito tempo.
A juíza Ludimila buscou refúgio longe de seu algoz Alexandre, indo para os EUA, assim como tem feito alguns que podem fazer como o jornalista Alan Santos. O descontrole de Frankstein mesmo à distância alcançou a ambos os foragidos, a juíza teve cassada a sua aposentadoria, e o segundo possui um mandado de prisão em aberto.
Que esta história sirva de exemplo aos servidores concursados e aos "carguistas", tratem bem seus coleguinhas redas, afinal ninguém sabe quando eles podem virar um Frankstein.
Bel Luiz Carlos Ferreira de Souza - Brasileiro, baiano, casado, 61 anos, servidor público aposentado pelo estado da Bahia, atualmente reside no estado do Rio Grande do Sul, com formação técnica em redator auxiliar, acadêmico em História, Direito, pós-graduado em Ciências Criminais, política e estratégia e mestrando em políticas públicas.
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