A estranha opção do técnico adversários de levar a campo uma escalação com um time alternativo, visando o clássico que sua equipe irá enfrentar no estadual, foi a primeira bizarrice da noite. Era uma clara demonstração da maneira como eles se viam, encaram a competição e a nossa superioridade técnica. O fato é que isto pareceu confundir o planejamento de Condé para a partida, pois o Nautico abdicou do ataque e optou pela retranca.
O onipresente Osvaldo se envolveu em uma confusão com um guri do time dos caras e foi amarelado logo no primeiro tempo. Nosso meio campo, que fez um excelente trabalho no jogo anterior parecia anestesiado. Wilian Oliveira e Dudu estavam lentos demais, errando passes bobos e fazendo com que nossa transição ofensiva fosse facilmente marcada. O primeiro tempo foi horrível e, além da confusão, a caça à Matheusinho e os ônibus que o Naútico estacionou no setor defensivo, nada de significativo aconteceu.
No vestiário Condé vai corrigir isso…
O intervalo deve ter sido recheado de analises táticas sobre nosso posicionamento e postura dentro de campo, e certamente a comissão técnica traçou planos pra furar o bloqueio dos caras. O problema é que esqueceram de combinar com o time deles e no primeiro minuto de jogo em uma bola alçada na área (semelhante a que aconteceu no BAxVI) vi um nanico subir praticamente sozinho, fazer um gol de cabeça em nossa zaga, dar uma pirueta circense em sua comemoração e nos fazer de palhaço em nossa própria casa. Naútico 1×0.
O nosso meio campo acordou e começou a funcionar depois que Rodrigo Andrade entrou no lugar de Wilian Oliveira. Os caras que já estavam plantados em sua defesa resolveram criar raízes e protagonizar cenas de uma comédia pastelão a cada lance que cabia simular lesões, com a aparente conivência do arbitro, que pouco tinha feito para proteger Matheusinho do rodizio de ataques sofrido no primeiro tempo e seguiu esta lógica ante a postura do náutico.
Só que o Vitória é o time da furança, véi!
A partida no segundo tempo era defesa contra ataque e se por um lado é preciso dizer que, nas palavras de Condé “A gente fez o primeiro tempo muito abaixo.” No segundo fomo pra cima com a autoridade e sangue no olho de quem não sabe o que é perder a 18 jogos seguidos (nossa última derrota foi no ano passado, contra o Criciúma). Léo Condé teve a atitude correta, botou o time pra cima. Tirou Lucas Esteves e colocou Zé Hugo, sacou Dudu e pôs Caio Vinicius, substituiu Osvaldo por Luan e Mateus Gonçalves por Daniel Jr.
Depois dessa agonia, já nos acréscimos, a recompensa pela ousadia e inconformismo com o placar chegou. Daniel Jr saiu do banco para acertar um pombo sem asa no ângulo e nos livrar da derrota Vitória 1×1 Nautico. A gente brocou, mas é claro que muito precisa ser corrigido. Condé tá com moral, o trabalho da diretoria tem surtido resultados muito bons, a torcida segue apaixonada e o compromisso e entrega dos jogadores e notável, mas os erros de ontem precisam ser corrigidos.
Vamo meu Leão!
Agora é esperar a próxima partida pelo baianão, às 18h30 deste domingo, contra o Atlético de Alagoinhas e avançar no estadual.