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É mais uma das excrescências que ocorrem na terrinha do Axé Music. A única coisa que me tranquiliza é que nenhum deles podem comprar a vida, assim como disse Sócrates, quando condenado a morte: "não há nenhuma surpresa, todos nós somos condenados a morte desde que nascemos", em seguida lhe foi obrigado a beber em cálice contendo cicuta, para em seguida cair ao encontro da morte.
Entre a vida e a morte, hoje consigo ver nitidamente que existe a dignidade, alguns passam por ela, já outros encontram o atalho dos bens materiais, do enriquecimento ilícito, talvez por medo, ou talvez acreditando que irão enganar a morte. Ledo engano, se existe alguma coisa mais "socialista" que a morte (rsrsrsrs), está para nascer. A morte nos iguala, indiscriminadamente todos nós temos que encontrá-la, mais cedo, ou mais tarde, mas temos que encontrá-la.
O que fica pelo caminho da vida é o nosso legado, não tenho experiência com a morte, mas tendo um pouco de experiência com a vida, fico a me indagar: "será que nos capítulos que vivemos da vida, que sem dúvidas não são editáveis, podemos pós morte, ver tudo o que fomos, e o que fizemos? Será que pós morte existe o arrependimento?
Ou será que as labaredas do fogo do inferno queimam virtualmente todas as riquezas conseguidas pelo decujo que acumulava fortunas, mas nesta hora, neste exato momento ele vê que de nada serviu? Pois é, oitenta e seis anos e parece uma criança, brincando de "banco imobiliário", esquecendo-se de viver. Como diz a bíblia: "a salvação é individual", A Bíblia diz em Efésios 2.8-9: “Pois vocês são salvos pela graça, por meio da fé, e isso não vem de vocês, é dom de Deus; não por obras, para que ninguém se glorie".
Entende-se portanto que não adianta ser sogro de governador, amigo do presidente do TCM, nada disso traz a salvação, o ser humano tem por vocação, acreditar que a fortuna faz parte da sua herança, contudo, se fosse ele o levaria, lembrem-se do exemplo deixado por Alexandre O Grande, "quero que os mais iminentes médicos carreguem meu caixão para mostrar que eles NÃO têm poder de cura perante a morte;
2. Quero que o chão seja coberto pelos meus tesouros para que as pessoas possam ver que os bens materiais aqui conquistados, aqui permanecem;
3. Quero que minhas mãos balancem ao vento para que as pessoas possam ver que de mãos vazias viemos e de mãos vazias partimos".
O jovem não consegue emprego, mas um idoso com 86 anos por ser sogro do governador, apesar de aposentado com um bom salário, ainda ocupa uma vaga de trabalho, que poderia ser de uma pessoa que realmente necessitasse, tirando a oportunidade de um jovem se inserir no mercado, talvez por isso que o Governador não enxerga os altos índices de desemprego na Bahia, afinal percebe-se que todos os seus estão empregados, e bem empregados.
Esse pessoal não come, se engasga, se empapuça, quanto mais, quer mais. Fica claro que a divisão da riqueza é entre eles, já a pobreza é para todos.
Bel Luiz Carlos Ferreira de Souza - Brasileiro, baiano, casado, 61 anos, servidor público aposentado pelo estado da Bahia, atualmente reside no estado do Rio Grande do Sul, com formação técnica em redator auxiliar, acadêmico em História, Direito, pós-graduado em Ciências Criminais, política e estratégia e mestrando em políticas públicas.
Contato: lcfsferreira@gmail.com
