O comando estadual do União Brasil, com o aval de ACM Neto, principal liderança de oposição ao governo Jerônimo Rodrigues, proibiu aliança com o PT no processo sucessório municipal.
A mesma decisão foi tomada pelo Partido dos Trabalhadores em relação ao União Brasil, legenda que surgiu da fusão do DEM com o PSL, ex-abrigo partidário do inelegível ex-presidente Jair Messias Bolsonaro.
Não há nenhuma restrição do netismo em relação ao PSB, PV e PCdoB, siglas integrantes do campo da esquerda. Socialistas, verdes e comunistas são bem-vindos.
Segundo o site Política Livre, "não há vetos a alianças com legendas que já foram aliadas do grupo de ACM Neto e que migraram para a base governista", se referindo ao Solidariedade. Cita como exemplo a sucessão de Itabuna, envolvendo o deputado estadual Fabrício Pancadinha, eleito pelo partido.
O sempre bem informado site diz que "Pancadinha terá o apoio do União Brasil na corrida pela Prefeitura", desdenhando assim o vice-prefeito e prefeiturável Enderson Guinho, que é o presidente do UB em Itabuna.
Aos poucos, já não mais em doses homeopáticas, o andar de cima das agremiações partidárias vai colocando em prática o "manda quem pode, obedece quem tem juízo".
De agora em diante vai ser assim. O discurso de que o dirigente local tem autonomia para tomar decisão vai ser literalmente engavetado.
Quem não souber dançar a música do comando estadual dos partidos, que procure aprender. Do contrário, será defenestrado do comando da legenda.
Concluo dizendo que os "bicudos" do pleito de 2024 são dois: PT e União Brasil. Nem um selinho é permitido.
COLUNA WENSE, QUARTA-FEIRA, 6 DE MARÇO DE 2024.