ARTICULISTAS O LEITE DERRAMADO...
SINAL DE ALERTA
Como o mundo da política é movediço, cruel e traiçoeiro, não se pode descartar a hipótese de uma aliança entre o PSD e Avante visando o governo da Bahia na sucessão de 2026. O que seria muito ruim para o projeto de reeleição do governador Jerônimo Rodrigues.
25/03/2024 19h43 Atualizada há 6 meses
Por: Carlos Nascimento Fonte: COLUNA WENSE, SÁBADO, 23.03.2024.

O PT vai terminar sendo o grande prejudicado nessa disputa, cada vez mais acirrada, entre o PSD do senador Otto Alencar e o Avante do empresário Ronaldo Carletto.

PSD e Avante estão em "guerra", um querendo eleger mais prefeitos do que o outro. As duas agremiações partidárias só pensam em 2026, mais especificamente na eleição para o Senado da República.

Como o mundo da política é movediço, cruel e traiçoeiro, não se pode descartar a hipótese de uma aliança entre o PSD e Avante visando o governo da Bahia na sucessão de 2026. O que seria muito ruim para o projeto de reeleição do governador Jerônimo Rodrigues.

A legenda de Carletto, ex-integrante do PP, tem como missão chegar a mais de 70 alcaides antes de 6 de abril, prazo limite para se mudar de partido. A recente aquisição foi Marcão Cardoso, eleito prefeito de Santana pelo PP. O chefe do Executivo é também presidente da Cibarc (Consórcio Intermunicipal de Infraestrutura da Bahia do Rio Corrente).

O PSD, que já é o partido com maior número de prefeitos na Bahia, cerca de 116 gestores, quer o comando de 150 prefeituras. O senador Otto Alencar, presidente estadual da sigla, anda preocupado com o crescimento do Avante, que chega até a ser assustador.

O PT, por sua vez, de olho na governabilidade, em não criar problemas para o chefe do Palácio de Ondina, fica cedendo espaços ao PSD, que se aproveita da fragilidade do petismo para impor seus prefeituráveis na sucessão municipal. Vale lembrar que o PT só elegeu 32 prefeitos na eleição de 2020. Tem agora, salvo engano, 42.

O exemplo-mor da sabedoria do PSD acontece nos dois municípios mais importantes do sul da Bahia. Em Itabuna, o PSD vem fazendo de tudo para que o PT não tenha candidatura própria. Em Ilhéus, deu um chega pra lá em Adélia Pinheiro, prefeiturável da sigla do presidente Lula.

O PSD empurra o PT para ser coadjuvante em diversas cidades. A sabedoria popular costuma dizer que "quem muito se abaixa, o fundo aparece".

Lá na frente não adianta o esperneio de ficar dependente do PSD e do Avante. O leite derramado não retorna mais para o vasilhame.

PS (1) - O sucesso do Avante no processo sucessório municipal vai fortalecer o desejo de Carletto de ter o ministro Rui Costa filiado a legenda e disputando o Senado no pleito de 2026.

PS (2) - Fica difícil acreditar que o PT, caminhando para 20 anos no governo da Bahia, que tem como principal liderança o presidente Lula, mandatário maior da República, só tenha 42 prefeitos.

PS (3) - Independente do resultado da plenária do Partido dos Trabalhadores de Itabuna, marcada para 6 de abril, os "dois" PTs, o geraldista e o augustiniano, junto com o PCdoB e PV, legendas que compõem a federação Brasil da Esperança, vão ter que conversar.

Na Coluna Wense de domingo, 24 de março de 2024.

COLUNA WENSE, SÁBADO, 23.03.2024.

SINAL DE ALERTA
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Como o mundo da política é movediço, cruel e traiçoeiro, não se pode descartar a hipótese de uma aliança entre o PSD e Avante visando o governo da Bahia na sucessão de 2026. O que seria muito ruim para o projeto de reeleição do governador Jerônimo Rodrigues.
25/03/2024 19h43 Atualizada há 6 meses
Por: Carlos Nascimento Fonte: COLUNA WENSE, SÁBADO, 23.03.2024.

O PT vai terminar sendo o grande prejudicado nessa disputa, cada vez mais acirrada, entre o PSD do senador Otto Alencar e o Avante do empresário Ronaldo Carletto.

PSD e Avante estão em "guerra", um querendo eleger mais prefeitos do que o outro. As duas agremiações partidárias só pensam em 2026, mais especificamente na eleição para o Senado da República.

Como o mundo da política é movediço, cruel e traiçoeiro, não se pode descartar a hipótese de uma aliança entre o PSD e Avante visando o governo da Bahia na sucessão de 2026. O que seria muito ruim para o projeto de reeleição do governador Jerônimo Rodrigues.

A legenda de Carletto, ex-integrante do PP, tem como missão chegar a mais de 70 alcaides antes de 6 de abril, prazo limite para se mudar de partido. A recente aquisição foi Marcão Cardoso, eleito prefeito de Santana pelo PP. O chefe do Executivo é também presidente da Cibarc (Consórcio Intermunicipal de Infraestrutura da Bahia do Rio Corrente).

O PSD, que já é o partido com maior número de prefeitos na Bahia, cerca de 116 gestores, quer o comando de 150 prefeituras. O senador Otto Alencar, presidente estadual da sigla, anda preocupado com o crescimento do Avante, que chega até a ser assustador.

O PT, por sua vez, de olho na governabilidade, em não criar problemas para o chefe do Palácio de Ondina, fica cedendo espaços ao PSD, que se aproveita da fragilidade do petismo para impor seus prefeituráveis na sucessão municipal. Vale lembrar que o PT só elegeu 32 prefeitos na eleição de 2020. Tem agora, salvo engano, 42.

O exemplo-mor da sabedoria do PSD acontece nos dois municípios mais importantes do sul da Bahia. Em Itabuna, o PSD vem fazendo de tudo para que o PT não tenha candidatura própria. Em Ilhéus, deu um chega pra lá em Adélia Pinheiro, prefeiturável da sigla do presidente Lula.

O PSD empurra o PT para ser coadjuvante em diversas cidades. A sabedoria popular costuma dizer que "quem muito se abaixa, o fundo aparece".

Lá na frente não adianta o esperneio de ficar dependente do PSD e do Avante. O leite derramado não retorna mais para o vasilhame.

PS (1) - O sucesso do Avante no processo sucessório municipal vai fortalecer o desejo de Carletto de ter o ministro Rui Costa filiado a legenda e disputando o Senado no pleito de 2026.

PS (2) - Fica difícil acreditar que o PT, caminhando para 20 anos no governo da Bahia, que tem como principal liderança o presidente Lula, mandatário maior da República, só tenha 42 prefeitos.

PS (3) - Independente do resultado da plenária do Partido dos Trabalhadores de Itabuna, marcada para 6 de abril, os "dois" PTs, o geraldista e o augustiniano, junto com o PCdoB e PV, legendas que compõem a federação Brasil da Esperança, vão ter que conversar.

Na Coluna Wense de domingo, 24 de março de 2024.

COLUNA WENSE, SÁBADO, 23.03.2024.