SERVIDOR PÚBLICO “VARA DE CONDÃO”
GOVERNADOR JERÔNIMO: Não tenho fábrica de dinheiro nem vara de condão, diz governador sobre reajuste para os professores das universidades.
Crispiniano Daltro comenta fala de Jerônimo: “VARA DE CONDÃO” - Os índices reivindicados vão de 42,2% e 42,46%, com base no IPCA - Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, a depender da classe.
03/05/2024 18h44 Atualizada há 7 meses
Por: Carlos Nascimento

O governador Jerônimo Rodrigues (PT) afirmou nesta terça-feira (30) que não “tem uma fábrica de dinheiro” ou “vara de condão” para conceder o reajuste salarial pleiteado por professores das universidades estaduais da Bahia -Uneb, Uefs, Uesb e da Uesc. Os índices reivindicados vão de 42,2% e 42,46%, com base no IPCA, a depender da classe.

Jerônimo informou, que enviará à Assembleia Legislativo um projeto de lei com ganho inflacionário de quase 4% e aumento no valor do vale-alimentação dos docentes.

“Nós sentamos com os movimentos, todos eles. Da saúde, da educação, da segurança pública, e chegamos num bom arranjo. Nós chegamos com categoria recebendo 7% de aumento e uma inflação de quase 4%. Então quase que dobramos o valor do desgaste salarial por causa da inflação. Eu tô cumprindo uma receita de cuidado para que eu não possa dar um aumento que eu não possa cumprir e, depois, nós ficarmos em situação de não poder pagar salário”, disse o governador ao ser questionado durante uma agenda no Vale dos Lagos, em Salvador.

O governador Jerônimo Rodrigues (PT) afirmou nesta terça-feira (30) que não “tem uma fábrica de dinheiro” ou “vara de condão” para conceder o reajuste salarial pleiteado por professores das universidades estaduais da Bahia - Uneb, da Uefs, da Uesb e da Uesc. Os índices reivindicados vão de 42,2% e 42,46%, com base no IPCA, a depender da classe.

Jerônimo informou, no entanto, que enviará à Assembleia Legislativo um projeto de lei com ganho inflacionário de quase 4% e aumento no valor do vale-alimentação dos docentes.

“Nós sentamos com os movimentos, todos eles. Da saúde, da educação, da segurança pública, e chegamos num bom arranjo. Nós chegamos com categoria recebendo 7% de aumento e uma inflação de quase 4%. Então quase que dobramos o valor do desgaste salarial por causa da inflação. Eu tô cumprindo uma receita de cuidado para que eu não possa dar um aumento que eu não possa cumprir e, depois, nós ficarmos em situação de não poder pagar salário”, disse o governador ao ser questionado pelo bahia.ba durante uma agenda no Vale dos Lagos, em Salvador.

“Além de garantir reajuste salarial, estamos melhorando o tíquete-refeição. É um valor que não é tributado, e um valor líquido, na conta do servidor. Estou consciente e firme que nós enviaremos para a Assembleia o projeto de lei. Conversamos com os deputados, tiramos a dúvida se vamos continuar ouvindo [os professores]. Mas é o que eu posso fazer. Eu não tenho uma fábrica de dinheiro. Eu não tenho uma vara de condão mágica pra poder fazer um compromisso e depois não cumprir”, acrescentou o governador.

Na lista em que reivindica aumento nos vencimentos, a categoria também cobra a reestruturação das carreiras do magistério superior e a recomposição orçamentária das universidades e institutos federais.

 

Crispiniano Daltro Comenta:

Até entendo quando o governador Jerônimo, diz que o governo não “tem uma fábrica de dinheiro” ou “vara de condão” , e comparando as administrações do governo PT, a partir de 2007, aos governadores do CARLISMO, tanto Paulo Souto como César Borges, eles tinham os mesmos problemas, porém suas equipes de administradores na Secretaria da Administração (SAEB) e Secretaria da Fazenda (SEFAZ), seus secretários tinham posturas de técnicos e não políticos, eram os responsáveis pela gestão financeira da máquina pública estadual.

Por diversas reuniões, nós à época dirigentes do Sindpoc, tivemos com eles várias discussões em relação a remuneração e todas elas de forma técnica, e assim conseguimos separar nossas pendências financeiras dos demais servidores públicos, mostramos pra eles que as categorias estratégicas de Estado, não poderiam ser tratadas da mesma forma que os demais cargos públicos, principalmente dos cargos por indicação política - os famosos “cabos eleitorais” -, que os profissionais da educação, segurança e saúde, deveriam ser dado outros requisitos. E assim apresentamos diversas formas de buscar financeiramente recursos para atender nossas necessidades de momento, a exemplo dos 50% de CET, para todos os Policiais Civis da ativa e aposentados e aos PMs.

Só os Delegados de Polícia ficaram de fora não por argumentação técnica mais por vaidade, recusaram-se através da ADPEB, entretanto, os coronéis e demais oficiais da PM aceitaram a proposta apresentada pelo SINDPOC. Foi assim que surgiu a reestruturação do FUNRESPOL, que passou a ser denominado de FEASPOL.

O que está faltando?

Os dirigentes das três entidades dos policiais, deveriam procurar o governador e mostrar que podemos negociar, apresentado a ele, alternativas de fontes, buscando de forma técnica e política como poderemos resolver nossas pendências. Basta ele convocar os dois Secretários - SAEB e SEFAZ -, para uma reunião com os sindicatos e quem sabe, recuperar essa relação.

Conheço muito bem o trabalho dos dois atuais Secretários e são muitos competentes nas suas áreas:  Edelvino Góes/SAEB e Manuel Vitório/SEFAZ.

Então vamos arregaçar as mangas e partir para a labuta!

CRISPINIANO DALTRO - Administrador, Pós graduado em Gestão Pública de Municípios pela Universidade do Estado da Bahia (UNEB), Coordenador e professor do curso de Investigador Profissional ministrado pela Facceba, Investigador Policial Civil, ativista dos movimentos sociais, ex-Presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Estado da Bahia - SINDPOC e ex-Coordenador Geral da Federação dos Trabalhadores Público do Estado da Bahia - FETRAB.

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