O deputado Rosemberg Pinto (PT) precisa entender que sua função de líder do governo Jerônimo Rodrigues na Assembleia Legislativa é limitada ao Parlamento estadual.
Rosemberg, no entanto, se achando um grande e invejável articulador político, vai criando problemas para a base aliada, com as legendas que dão sustentação política ao jeronismo, incluindo aí o Partido dos Trabalhadores.
O último PT versus PT foi protagonizado por Rosemberg, quando o parlamentar declarou que seu "companheiro" Thallys Ribeiro, presidente do PT de Coaraci, é funcionário fantasma da Prefeitura de Itabuna. Só faltou dizer o salário.
Thallys teria sido indicação do vereador Manoel Porfírio, que junto com Rosemberg formam a linha de frente do chamado PT 2, o que defende o apoio da sigla ao segundo mandato de Augusto Castro (PSD-reeleição).
A denúncia caiu como uma bomba no staff augustiniano, que optou pelo silêncio diante do "fogo amigo". Alguns secretários ligados a Rosemberg, que defendem sua candidatura à Câmara dos Deputados no pleito de 2026, estão sobressaltados.
Quem também não está nada satisfeito com Rosemberg é o governador Jerônimo Rodrigues. Informações dão conta de que o chefe do Palácio de Ondina comunga com a opinião de que Rosemberg está usando sua função de líder do governo para fazer política de olho em 2026, na sua re-reeleição ou, quem sabe, para o Parlamento federal.
Como não bastassem os muitos problemas que o governo Augusto Castro está enfrentando, tendo o curto espaço de tempo como maior obstáculo, ainda tem que apagar as labaredas provocadas pelo deputado.
Não vá com muita cede ao pote, esse é o melhor conselho para Rosemberg Pinto.
COLUNA WENSE, SEXTA-FEIRA, 03.05.2024.
Marco Wense - Itabunense, Advogado e Articulista de Política.