ARTICULISTAS MAIOR CABO ELEITORAL
LULISMO, BOLSONARISMO E A SUCESSÃO DE ITABUNA
As labaredas da vaidade, cada vez mais intensas, precisam ser apagadas o mais rápido possível. Do contrário, serão co-responsáveis pela quebra do tabu do segundo mandato consecutivo.
25/06/2024 10h41 Atualizada há 5 meses
Por: Carlos Nascimento Fonte: COLUNA WENSE, SEGUNDA-FEIRA, 24 DE JUNHO DE 2024

Já há um começo de discussão no grupo do prefeito Augusto Castro, postulante a um segundo mandato a prefeito de Itabuna pelo PSD, sobre a presença do presidente Lula na campanha da reeleição.

O assunto está vindo à tona em decorrência de dois fatos:

1) a federação PT/PCdoB/PV não terá candidato ao centro administrativo Firmino Alves.

2) a declaração do petista-mor de que onde não tiver candidato vai apoiar um aliado. "Não quero que os adversários ganhem, porque os adversários são negacionistas", disse o morador mais ilustre do Alvorada.

O placar a favor de que o chefe do Palácio do Planalto não deve participar da sucessão é amplamente favorável. Para o augustianismo, a vinda de Lula criaria mais dificuldades em relação aos eleitores de Bolsonaro. Uma fatia do eleitorado rotulado de direita, que pode votar na reeleição do alcaide, não pode ser menosprezada.

E Chico França, prefeiturável do PL, abrigo partidário do ex-presidente Bolsonaro? Perguntaria o caro e atento leitor. Os augustinianos apostam que uma eventual polarização entre Augusto e Fabrício Pancadinha (Solidariedade) levaria boa parte da direita a votar em Augusto, alegando que uma vitória de Pancadinha não seria bom para o município.

O engenheiro Chico França acredita que a presença de Bolsonaro em Itabuna, já confirmada pelo ex-ministro João Roma, presidente estadual do PL, pode oxigenar sua candidatura.

Já disse aqui que o marketing da campanha da reeleição de Augusto deve ter bastante cuidado, sob pena de ser acusado de preconceituoso, principalmente no que diz respeito a cor da pele.

Com efeito, o único ponto considerado como inquestionável em todos os grupos políticos de Itabuna, é que a falta de entendimento entre os pré-candidatos de oposição ao governo de plantão vai se transformando no maior "cabo eleitoral" da permanência de Augusto Castro por mais quatro anos na cobiçada Prefeitura de Itabuna.

É um Deus nos acuda quando se pronuncia a palavra vice nas reuniões entre os pré-candidatos contrários ao segundo mandato do chefe do Executivo, quando um convida o outro para compor a majoritária como coadjuvante.

As labaredas da vaidade, cada vez mais intensas, precisam ser apagadas o mais rápido possível. Do contrário, serão co-responsáveis pela quebra do tabu do segundo mandato consecutivo.

COLUNA WENSE, 24.06.2024

Marco Wense - Itabunense, Advogado e Articulista de Política.