SENADO FEDERAL Senado Federal
Senado celebra 168 anos do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal
O Senado homenageou nesta segunda-feira (1°) o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal, que completa 168 anos no dia 2 de julho. Além disso,...
01/07/2024 16h07
Por: Redação Fonte: Agência Senado

O Senado homenageou nesta segunda-feira (1°) o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal, que completa 168 anos no dia 2 de julho. Além disso, foi celebrado o Dia Nacional do Bombeiro, que também se comemora no dia 2 de julho. Durante a sessão, foi entregue o Diploma de Honra ao Mérito aos bombeiros militares que estiveram na missão de resgate e recuperação no estado do Rio Grande do Sul devido à catástrofe climática que atingiu 478 dos 497 municípios gaúchos.

A data em que se comemora a criação do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal remete à criação da corporação no país, em 2 de julho de 1856, quando a capital federal ficava no Rio de Janeiro.

Um dos autores do requerimento para realização da sessão, o senador Izalci Lucas (PL-DF), declarou que o Corpo de Bombeiros é a instituição mais confiável do país há pelo menos 20 anos. Segundo ele, 80% da população considera o Corpo de Bombeiros a corporação de maior confiança entre os brasileiros. Apesar de classificá-los como “verdadeiros heróis”, o senador disse que os profissionais ainda não têm o reconhecimento compatível com a missão que exercem. Ele defendeu a recuperação salarial e a reestruturação da carreira dessa categoria.

— É preciso promover e dar aos nossos bombeiros aquilo a que têm direito. Embora tenhamos lutado, ainda não acho que essa luta foi suficiente para que a gente reconheça o trabalho e as ações de nossos soldados bombeiros. Mas temos que continuar e dar mais atenção não só aqui nesta Casa de leis, mas, sobretudo, no Executivo e no Judiciário, que completam os nossos três poderes.

O procurador-geral do Ministério Público do Distrito Federal, George Seigneur, também fez referência ao nível de aceitação dos bombeiros militares perante a sociedade. Na opinião dele, esse é um reconhecimento justo da eficiência do trabalho desempenhado por esses profissionais.

— Esse apoio da população decorre não só da missão digna feita pelos bombeiros, mas também pela forma pela qual a população é atendida no momento de perigo.

Segurança pública

O secretário-executivo de Gestão Integrada da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal, Coronel Bilmar Angelis de Almeida Ferreira, disse que o Corpo de Bombeiros da capital da república é referência no país. Ele ressaltou que, além do combate a incêndios e dos atendimentos de emergência médica, a corporação tem papel fundamental na melhoria da qualidade dos índices de segurança pública do Distrito Federal.

— Muitas vezes, o primeiro atendimento de um indivíduo que é acometido por uma lesão por arma de fogo é feito pelo militar do Corpo de Bombeiros. O tempo de resposta garante, além da vida, a melhoria na nossa estatística. É aquilo que garante que nós sejamos a segunda capital mais segura do Brasil.

Na avaliação da senadora Damares Alves (Republicanos-DF), que também assinou o requerimento para promoção da sessão de homenagem, a comunidade poderia conhecer mais o Corpo de Bombeiros e estar mais próxima dessa instituição, participando efetivamente das ações de seus profissionais, inclusive divulgando a atuação das corporações. Ela ainda destacou os desafios dos bombeiros ao lidar com questões sensíveis, como a saúde mental da população.

— Eu sei que os bombeiros vão além do que é pedido, além da atribuição e, com certeza, muito além do salário, muitas vezes. Mas eu queria fazer um chamamento às igrejas, às instituições, à sociedade civil: abracem mais os nossos bombeiros. Visitem os quartéis. Às vezes é uma necessidade tão pequenininha. Esses dias eu fui em um quartel e tudo de que eles precisavam era uma tinta numa quadra. Aí a gente precisa esperar por uma licitação, tem de esperar por um orçamento, tem de falar com o Comando Geral, que tem de falar com a Secretaria de Segurança. A comunidade está ali ao lado. Eu acho que a sociedade poderia se envolver mais e entender as grandes missões do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal.

Rio Grande do Sul

Por vídeo, a senadora Leila Barros (PDT-DF) afirmou sentir profundo orgulho, honra e respeito por esses profissionais. Ela destacou aqueles que estiveram no Rio Grande do Sul auxiliando as atividades de resgate e recuperação do estado. Mais de 300 bombeiros militares do Distrito Federal foram deslocados para essa operação.

— Tenho certeza de que vocês representaram o Distrito Federal, foram um pedaço do Distrito Federal, da nossa Brasília, em solidariedade, trabalhando em prol dessas vidas e acolhendo, por todos nós, esse estado que sofreu muito com as enchentes. E nós sabemos que a reconstrução não será a pequeno ou médio prazo. Ela será a longa.

O reconhecimento por parte do Senado pela atuação desses profissionais no Sul do país também veio com a entrega do Diploma de Honra ao Mérito. A tenente-coronel Paula Tiemy Nogueira, uma das responsáveis por coordenar o grupo, declarou que o espirito de comunidade e a resiliência foram inspiradores e reforçaram o compromisso de servir e proteger aquela população.

— Nós percorremos mais de 2,2 quilômetros em menos de dois dias, parando a cada duas horas para que nossos cães Baruk e Delta pudessem descansar. Na primeira semana, dormíamos em média duas horas, duas horas e meia. E tal esforço não foi em vão. Foram mais de 150 pessoas salvas, dentre elas 20 bebês e crianças e mais de 100 animais.

O coronel Sandro Gomes Santos da Silva, comandante-geral do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal, e o primeiro sargento Jhonny Marconi Rocha Lima, usaram o exemplo das equipes do Distrito Federal que se deslocaram para o Rio Grande do Sul para reforçar que os profissionais da capital são hoje referência e possuem qualificação para atuar em todo o país.

— O Corpo de Bombeiros que está no Distrito Federal não é do Distrito Federal, é do Brasil. Nós temos bombeiros no Rio Grande do Sul, nós temos bombeiros hoje na Amazônia, nós temos bombeiros no Pantanal, todos atuando em catástrofes.

A sessão foi acompanhada por profissionais do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal, que lotaram a galeria do Plenário do Senado.

História

Um decreto de Dom Pedro II criou, em 1856, o Corpo Provisório de Bombeiros da Corte, sob a jurisdição do Ministério da Justiça ( Decreto 1.775, de 1856 ). Depois, a mudança da capital federal garantiu a transferência para Brasília de militares bombeiros, que continuaram a serviço da União.

De acordo com informações disponibilizadas pelo Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal, o primeiro grupo vindo do Rio de Janeiro só chegou a Brasília em 1964. Em 1966, um decreto regulamentou e determinou a criação do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal em Brasília ( Decreto-Lei nº 9, de 1966 ). No ano seguinte, o último contingente chegou à capital vindo do Rio.

Em 1971, por meio de decreto, foi reafirmada a condição de militar aos integrantes do Corpo de Bombeiros do DF ( Decreto 68.336, de 1971 ).

Senado celebra 168 anos do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal
SENADO FEDERAL Senado Federal
Senado celebra 168 anos do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal
O Senado homenageou nesta segunda-feira (1°) o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal, que completa 168 anos no dia 2 de julho. Além disso,...
01/07/2024 16h07
Por: Redação Fonte: Agência Senado

O Senado homenageou nesta segunda-feira (1°) o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal, que completa 168 anos no dia 2 de julho. Além disso, foi celebrado o Dia Nacional do Bombeiro, que também se comemora no dia 2 de julho. Durante a sessão, foi entregue o Diploma de Honra ao Mérito aos bombeiros militares que estiveram na missão de resgate e recuperação no estado do Rio Grande do Sul devido à catástrofe climática que atingiu 478 dos 497 municípios gaúchos.

A data em que se comemora a criação do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal remete à criação da corporação no país, em 2 de julho de 1856, quando a capital federal ficava no Rio de Janeiro.

Um dos autores do requerimento para realização da sessão, o senador Izalci Lucas (PL-DF), declarou que o Corpo de Bombeiros é a instituição mais confiável do país há pelo menos 20 anos. Segundo ele, 80% da população considera o Corpo de Bombeiros a corporação de maior confiança entre os brasileiros. Apesar de classificá-los como “verdadeiros heróis”, o senador disse que os profissionais ainda não têm o reconhecimento compatível com a missão que exercem. Ele defendeu a recuperação salarial e a reestruturação da carreira dessa categoria.

— É preciso promover e dar aos nossos bombeiros aquilo a que têm direito. Embora tenhamos lutado, ainda não acho que essa luta foi suficiente para que a gente reconheça o trabalho e as ações de nossos soldados bombeiros. Mas temos que continuar e dar mais atenção não só aqui nesta Casa de leis, mas, sobretudo, no Executivo e no Judiciário, que completam os nossos três poderes.

O procurador-geral do Ministério Público do Distrito Federal, George Seigneur, também fez referência ao nível de aceitação dos bombeiros militares perante a sociedade. Na opinião dele, esse é um reconhecimento justo da eficiência do trabalho desempenhado por esses profissionais.

— Esse apoio da população decorre não só da missão digna feita pelos bombeiros, mas também pela forma pela qual a população é atendida no momento de perigo.

Segurança pública

O secretário-executivo de Gestão Integrada da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal, Coronel Bilmar Angelis de Almeida Ferreira, disse que o Corpo de Bombeiros da capital da república é referência no país. Ele ressaltou que, além do combate a incêndios e dos atendimentos de emergência médica, a corporação tem papel fundamental na melhoria da qualidade dos índices de segurança pública do Distrito Federal.

— Muitas vezes, o primeiro atendimento de um indivíduo que é acometido por uma lesão por arma de fogo é feito pelo militar do Corpo de Bombeiros. O tempo de resposta garante, além da vida, a melhoria na nossa estatística. É aquilo que garante que nós sejamos a segunda capital mais segura do Brasil.

Na avaliação da senadora Damares Alves (Republicanos-DF), que também assinou o requerimento para promoção da sessão de homenagem, a comunidade poderia conhecer mais o Corpo de Bombeiros e estar mais próxima dessa instituição, participando efetivamente das ações de seus profissionais, inclusive divulgando a atuação das corporações. Ela ainda destacou os desafios dos bombeiros ao lidar com questões sensíveis, como a saúde mental da população.

— Eu sei que os bombeiros vão além do que é pedido, além da atribuição e, com certeza, muito além do salário, muitas vezes. Mas eu queria fazer um chamamento às igrejas, às instituições, à sociedade civil: abracem mais os nossos bombeiros. Visitem os quartéis. Às vezes é uma necessidade tão pequenininha. Esses dias eu fui em um quartel e tudo de que eles precisavam era uma tinta numa quadra. Aí a gente precisa esperar por uma licitação, tem de esperar por um orçamento, tem de falar com o Comando Geral, que tem de falar com a Secretaria de Segurança. A comunidade está ali ao lado. Eu acho que a sociedade poderia se envolver mais e entender as grandes missões do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal.

Rio Grande do Sul

Por vídeo, a senadora Leila Barros (PDT-DF) afirmou sentir profundo orgulho, honra e respeito por esses profissionais. Ela destacou aqueles que estiveram no Rio Grande do Sul auxiliando as atividades de resgate e recuperação do estado. Mais de 300 bombeiros militares do Distrito Federal foram deslocados para essa operação.

— Tenho certeza de que vocês representaram o Distrito Federal, foram um pedaço do Distrito Federal, da nossa Brasília, em solidariedade, trabalhando em prol dessas vidas e acolhendo, por todos nós, esse estado que sofreu muito com as enchentes. E nós sabemos que a reconstrução não será a pequeno ou médio prazo. Ela será a longa.

O reconhecimento por parte do Senado pela atuação desses profissionais no Sul do país também veio com a entrega do Diploma de Honra ao Mérito. A tenente-coronel Paula Tiemy Nogueira, uma das responsáveis por coordenar o grupo, declarou que o espirito de comunidade e a resiliência foram inspiradores e reforçaram o compromisso de servir e proteger aquela população.

— Nós percorremos mais de 2,2 quilômetros em menos de dois dias, parando a cada duas horas para que nossos cães Baruk e Delta pudessem descansar. Na primeira semana, dormíamos em média duas horas, duas horas e meia. E tal esforço não foi em vão. Foram mais de 150 pessoas salvas, dentre elas 20 bebês e crianças e mais de 100 animais.

O coronel Sandro Gomes Santos da Silva, comandante-geral do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal, e o primeiro sargento Jhonny Marconi Rocha Lima, usaram o exemplo das equipes do Distrito Federal que se deslocaram para o Rio Grande do Sul para reforçar que os profissionais da capital são hoje referência e possuem qualificação para atuar em todo o país.

— O Corpo de Bombeiros que está no Distrito Federal não é do Distrito Federal, é do Brasil. Nós temos bombeiros no Rio Grande do Sul, nós temos bombeiros hoje na Amazônia, nós temos bombeiros no Pantanal, todos atuando em catástrofes.

A sessão foi acompanhada por profissionais do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal, que lotaram a galeria do Plenário do Senado.

História

Um decreto de Dom Pedro II criou, em 1856, o Corpo Provisório de Bombeiros da Corte, sob a jurisdição do Ministério da Justiça ( Decreto 1.775, de 1856 ). Depois, a mudança da capital federal garantiu a transferência para Brasília de militares bombeiros, que continuaram a serviço da União.

De acordo com informações disponibilizadas pelo Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal, o primeiro grupo vindo do Rio de Janeiro só chegou a Brasília em 1964. Em 1966, um decreto regulamentou e determinou a criação do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal em Brasília ( Decreto-Lei nº 9, de 1966 ). No ano seguinte, o último contingente chegou à capital vindo do Rio.

Em 1971, por meio de decreto, foi reafirmada a condição de militar aos integrantes do Corpo de Bombeiros do DF ( Decreto 68.336, de 1971 ).