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GERALDO, PT 1 E A SUCESSÃO DE ITABUNA

Geraldo Simões passa a ser um imprescindível "cabo eleitoral" para evitar à reeleição de Augusto. Além da companhia do MDB, com um invejável tempo no horário eleitoral, tem a aguerrida militância do PT 1, que só espera o momento certo para ir às ruas.

21/07/2024 às 11h58 Atualizada em 21/07/2024 às 12h13
Por: Carlos Nascimento Fonte: COLUNA WENSE, SÁBADO, 20 DE JULHO DE 2024.
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GERALDO, PT 1 E A SUCESSÃO DE ITABUNA

O chamado PT 1, o que defendia à pré-candidatura de Geraldo Simões, caminha para ser o "fiel da balança" na sucessão de Itabuna, que promete muitas surpresas e sobressaltos.

O PT 2, rotulado de augustiniano, que tanto fez para impedir que o "companheiro" Geraldo Simões disputasse o processo sucessório pela federação PT/PCdoB/PV, não anda nada satisfeito com o andar da carruagem.

O PT 2, protagonizado pelo vereador petista Manoel Porfírio, com o aval do deputado Rosemberg Pinto, líder do governador Jerônimo Rodrigues na Assembleia Legislativa, está sendo colocado de lado, no papel de coadjuvante, nitidamente preterido. O desejo de indicar o vice de Augusto Castro (PSD-reeleição) foi enterrado sob 13 palmos de terra.

Até as freiras do convento das Carmelitas sabem que o chefe do Executivo quer um vice que possa confiar, que lhe seja fiel, que lá na frente não apunhale pelas costas. Augusto não quer nem ouvir falar na possibilidade de ter um vice do PT na majoritária.

Outro ponto é que correligionários mais próximos do alcaide, que dão como favas contadas o segundo mandato, adeptos do desaconselhável "já ganhou", não descartam a hipótese de Augusto sair candidato a deputado federal na eleição de 2026. Como acreditam na eleição para o Congresso Nacional, o vice assumiria o lugar de Augusto.

O grupo do prefeito, mais especificamente ligado a setores da imprensa, incluindo aí alguns blogueiros, comete o infantil erro de continuar atacando Geraldo Simões, insinuando até que o ex-gestor pode perder os cargos no governo do Estado se não apoiar o candidato do governador Jerônimo Rodrigues. Como consequência, um Geraldo Simões sendo lembrado e cada vez mais requisitado para dar entrevistas.

Geraldo Simões passa a ser um imprescindível "cabo eleitoral" para evitar à reeleição de Augusto. Além da companhia do MDB, com um invejável tempo no horário eleitoral, tem a aguerrida militância do PT 1, que só espera o momento certo para ir às ruas.

E aí não tem como não lembrar da sucessão de 2012, quando o então prefeito Capitão Azevedo não conseguiu se reeleger pelo DEM, hoje União Brasil. Foi derrotado por Vane do Renascer (PRB), que se elegeu com 1107 votos de diferença. O placar foi de 45.623 versus 44.516.

Concluo dizendo que Geraldo Simões, tendo ao lado a militância enfurecida do PT 1, pode ser o "fiel da balança" na sucessão de Itabuna, influenciando no resultado do pleito.

COLUNA WENSE, 20.07.2024.

Marco Wense - Itabunense, Advogado e Articulista de Política. Assina a Coluna Wense, publicada diariamente em vários sites e blog da Bahia.

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