O Presidente do Sindicato dos Policiais Civis, apelidado pela categoria de SindGOV, ameaçou um grupo de policiais que foram ao Sindicato cobrar explicações sobre o andamento das negociações salariais com o governo do estado. O dirigente taxou os policiais de terroristas ligados ao bolsonarismo, comparando-os ao episódio de 8 de janeiro, quando algumas pessoas invadiram o prédio do STF.
Num ato de total desespero, o dirigente sindical que se intitula "líder", disse que o serviço de Inteligência já estava monitorando esse grupo. Como se não bastasse tal situação, o sindicato optou por defender e publicizar as ações do governo, o que já é motivo de repúdio entre os policiais civis, além das diversas outras irregularidades apontadas pelos filiados.
Essa postura de peleguismo sindical evidencia uma falta de comprometimento com os interesses da categoria, priorizando a defesa do governo em detrimento das legítimas reivindicações dos policiais civis.
TRANSCRIÇÃO FALA DO DIRIGENTE SINDICAL:
"Olá, colegas policiais e civis. Quem fala é o Eustácio López, presidente do Sindpoc. Hoje circula nas redes sociais, hoje, 11 de julho de 2004, uma possível manifestação de colegas na porta do sindpoc, por insatisfação da condução da negociação salarial.
Recebi uma ligação de propostos do governo pedindo informações sobre essa manifestação, já que o governo alega que abriu mesa de negociação de forma espontânea, que já ouviu a proposta das entidades, que já ouviu o secretário, a delegacia-geral, o diretor do DPT, tem avançado e vai avançar com a apresentação de uma proposta para a categoria da nossa reestruturação salarial.
E, é surpreendido com a manifestação n{a porta do sindicato, que segundo a inteligência, são policiais bolsonaristas, policiais que o governo entende que não aceitam os resultados das eleições de presidente e governador.
E aí, querem repetir o 8 de janeiro, que é intervenção, que é destituição de diretoria. Então o governo alega, o preposto alega que o governo pode suspender, já que o governo está disposto a fazer reestruturação salarial e valorizar a categoria, e a categoria se manifesta de forma bolsonarista, porque também lá de lá existem sindicalistas e sabem que a representação legítima da categoria é do sindicato.
Que categoria ela tem no seu espaço de fala e seu lugar de fala e manifestação na Assembleia para propor deliberações, propor movimentações para a categoria avançar nas suas propostas, nos seus ideais. Então, quem tem essa legitimidade política é a entidade sindical, como o governo abriu a mesa para as entidades onde apresentamos a nossa proposta e estamos aguardando agora o retorno na próxima semana para levar à Assembleia.
Quero deixar registrado né e essas pessoas, a inteligência identificou e vê no perfil da maioria dessas pessoas que tem postes e manifestações bolsonaristas, cito aqui alguns exemplos, eu vi lá e uma postagem repórter do nosso colega Elias Jhon, que para minha surpresa vem sempre ao sindicato e sempre aqui busca informações sobre a negociação salarial.
Outro é o nosso colega conspirador Geraldo Rêgo, que foi candidato aí a 10 vezes a diretor do sindipoc que nunca ganhou, até ganhando tapetão. E outro propagador que eu vejo, vive espalhando nos grupos o senhor Marlos Santa Rosa, além do ex-presidente que ficou 16 anos aqui no sindicato, nos colocou nessa condição, nos piores salários do Brasil, o rebaixamento de ganhar 4 vezes menos que o delegado.
Então, quero deixar registrado, caso ocorra esse grave prejuízo para a categoria, nós sabemos nome e sobenome e as listas estão aí nos grupos policiais. Quem está insatisfeito, vá para a Assembleia, peça o microfone e fale, proponha, discorde e vote. Um abraço, colegas. E tamo na luta."
ABAIXO ÁUDIO NA ÍNTEGRA: