O vereador petista Manoel Porfírio foi o articulador-mor de dois importantes fatos da sucessão de Itabuna:
1) o apoio da federação PT/PCdoB/PV à reeleição de Augusto Castro (PSD). Como consequência, o enterro da candidatura própria.
2) a destituição do "companheiro" Jackson Moreira da presidência do diretório municipal.
Sobre o primeiro item, a opinião que predomina é de que a candidatura de Geraldo Simões iria dividir mais ainda o oposicionismo, facilitando assim o segundo mandato do chefe do Executivo.
Em relação ao segundo ponto, a intervenção na legenda vai deixar a militância do PT geraldista, rotulado de PT 1, mais rebelde, com "sangue nos olhos", como diz a sabedoria popular.
Manoel Porfírio, pela importância que teve na missão de destruir à pré-candidatura de Geraldo Simões, duas vezes deputado federal e ex-gestor de Itabuna por dois mandatos, chegou a ser cogitado para ser o vice de Augusto.
O edil contou com a ajuda do deputado Rosemberg Pinto, líder do governador Jerônimo Rodrigues na Assembleia Legislativa do Estado, abreviadamente ALBA. O PT 2, o augustiniano, saiu vitorioso na batalha contra o PT 1.
No staff político do PT geraldista, o comentário é de que a "facada" dos "companheiros" vai fazer o tiro sair pela culatra. Os mais otimistas falam em quatro mil votos para o prefeiturável que receber o apoio da militância do PT 1.
Agora é esperar o desfecho de todas as convenções partidárias para uma análise mais consistente sobre o processo sucessório.
Ainda tem muita água suja para passar sob a ponte da sucessão do prefeito Augusto Castro (PSD), que precisa ter muito cuidado com o "já ganhou".
Concluo dizendo que já assistir esse filme do "já ganhou" com Fernando Gomes, Geraldo Simões e o capitão Azevedo.
COLUNA WENSE, 29.07.2024.
Marco Wense - Itabunense, Advogado e Articulista de Política. Assina a Coluna Wense, publicada diariamente em vários sites e blog da Bahia.
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