Aí está o grande salto positivo da carreira do Investigador. Estabelecer o teto remuneratório do OIP ao do Perito Criminal.
Haja vista, todas as exigências que compõe a investidura do Cargo do Perito são análogas às do OIP.
Digo mais, o OIP faz 2 tipos de pesquisa científica:
Uma é a Pesquisa de Campo com coleta de provas, coleta de objetos, coleta de testemunhas, etc.
A outra é a Pesquisa Qualitativa com base na Análise do Discurso.
Todo OIP ao buscar elucidar um Crime ou um Ilícito (contravenção), tem que, mesmo que inconsciente fazer uma análise do discurso, e expôr em seu relatório de investigação criminal os dados coletados de forma qualitativa.
Para isso, ele navega no pensamento filosófico de Michel Pêucheux (1969), entre outros autores desta metodologia científica. Ou seja:
O Investigador, necessita interpretar o 'nao dito' pelo investigado e buscar compreender o que está oculto para muitos, mas que ao fazer uma leitura do ora investigado, o agente da lei, deve buscar aquilo que está nas 'entrelinhas' do não dito.
Ora, isso é de um grau de complexidade e responsabilidade da maior envergadura na Persecução da Investigação Criminal. Tal qual a do Perito Criminal, a diferença basilar é que um agente propõe uma Investigação objetiva, descritiva e técnica. INVESTIGAÇÃO OBJETIVA PORTANTO.
O OIP propõe a mesma investigação, porém Objetiva e Subjetiva.
Objetiva porque busca elucidar o fato ora investigado, e provas materiais que comprovem e substancie sua elucidação. Oferecendo elementos ao indiciamento do acusado.
Subjetiva porque toda ação de investigação, do fato, perpassa pela subjetividade do crime. Podemos entender a subjetividade com o conceito
Advindo do campo da psicologia e da filosofia. Ou seja:
subjetividade é compreendida como a essência do ser humano que o diferencia de outros seres e objetos. É a singularidade de cada indivíduo, construída por meio de suas vivências, cultura, relações sociais e histórico pessoal.
Portanto, devemos entender que o PERITO CRIMINAL desenvolve sua função (investigação criminal) dentro de uma técnica científica objetiva e que o OIP - Investigador da Policia -, faz a mesma INVESTIGAÇÃO sob as mesma condições, usando de duas metodologias científicas que se fundamentam e dão subsídios ao agente de comprovar a materialidade e autoria de um fato criminoso.
Desta forma, entendo que as funções de ambos obedecem às mesmas exigências que requer os cargos para sua investidura.
Nivel Superior Completo (reconhecido pelo MEC)
Complexidade, neste sentido podemos enteder a complexidade como:
Segundo Castro (1999), a complexidade da tarefa estaria relacionada a características da tarefa e não a habilidades do indivíduo, pois a complexidade da tarefa independe de quem a executa e não se altera após o indivíduo adquirir a habilidade de executá-la (Oliveira, Castro, et all, 1999).
Todavia muitos dirão que a complexidade das tarefas não são tão simples assim, e procurem subterfúgio jurídico para desmerecer ou enaltecer essa ou outra categoria.
Em tese, toda tarefa é complexa com alto grau ou menor grau de complexidade, além do que o termo complexo não pode se distanciar do seu real significado epistemológico, Isto é: a epistemologia da complexidade é um ramo da epistemologia que estuda os sistemas complexos e fenômenos emergentes associados.
E por fim, a responsabilidade inerente a todos os cargos do serviço público.
Portanto, coaduno em todas as instâncias que o OIP deve ter sua REMUNERAÇÃO IGUAL AO DO PERITO CRIMINAL POR ANALOGIA ÀS EXIGÊNCIAS DA INVESTIDURA DOS CARGOS ORA DISCUTIDO E, POR SIMILITUDE DAS FUNÇÕES DESEMPENHADAS.
Elias John Ivo - Investigador da Policia Civil
Classe Especial/Aposentado.
- Mestre em Ciência da Educação pela Universidade Lusófona de Lisboa - 2017
- Psicopedagogo Clinico pela Faculdade Internacional de Curitiba
- Pedagogo pela Universidade Estadual da Bahia.
* Trabalho publicado na Revista Científica da Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias - Lisboa / Portugal.
* Livro online - Avaliação da Aprendizagem publicado pela Novas Edições Acadêmica. (Sistema Ebook de Publicações).
E-mail: elayjohn@hotmail.com