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INFERÊNCIAS, CONJECTURAS E PROMESSAS NA BUSCA DA TÃO SONHADA VALORIZAÇÃO REMUNERATÓRIA NA PCBA

A insistência na tentativa de desqualificação dos opositores se estende no ataque às pessoas e nos discursos factoides que narram intenções espúrias aos seus adversários. Não conseguiram! E não vão conseguir!

05/08/2024 às 12h21
Por: Carlos Nascimento Fonte: Denilson Neves
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INFERÊNCIAS, CONJECTURAS E PROMESSAS NA BUSCA DA TÃO SONHADA VALORIZAÇÃO REMUNERATÓRIA NA PCBA

Acusa-se um segmento que se opõe à estratégia e às táticas adotadas por algumas entidades que representam os Policiais Civis, de estarem fazendo “água”… perturbando… tumultuando ou atrapalhando o processo de busca da valorização remuneratória, salarial ou na forma Subsídio. E, assim, concluindo que esse segmento são produtores de conjecturas. Mas, tudo isso está muito longe de ser verdade!

A insistência na tentativa de desqualificação dos opositores se estende no ataque às pessoas e nos discursos factoides que narram intenções espúrias aos seus adversários. Não conseguiram! E não vão conseguir!

Não há “conjecturas”, pois a narrativa da oposição NÃO ocorre por deduzir algo. Não tem como base presunções incompletas. Não são pressentimentos ou suposições. As análises dos que se opõem aos caminhos e proposições adotados pelas ENTIDADES representativas, estão totalmente caracterizadas em INFERÊNCIAS com base em inúmeras EVIDÊNCIAS!

Essas EVIDÊNCIAS são INFERÊNCIAS CONCRETAS, LÓGICAS onde podemos afirmar a verdade de uma proposição por conta da ligação com outras premissas reconhecidamente verdadeiras. Por exemplo:

O alinhamento total da nossa entidade sindical com o patrão (Governo do Estado da Bahia)

A total falta de transparência do processo de apresentação de uma proposta que até agora não conhecemos.

A adoção de uma proposta (busca do subsídio) que nunca foi a nossa! E que sabemos que é uma proposta do cargo de Delegado de Polícia.

Protelação “ad infinitum” de um diálogo com o governo que se estende e se sustenta na promessa e no engano da categoria.

A apresentação de números que não se sustentam juridicamente, administrativamente, politicamente e economicamente! Números que encantam e acende a esperança de um contingente enorme de desesperados. Mas que não possuem base real de sustentação!

Mas, é preciso, também, ter uma perspectiva ampla do processo de governança do Estado da Bahia. Compreender seus conflitos; seus adversários; necessidades de estabilização; busca da perpetuação no governo na condução do Estado da Bahia; visão macro que o governo tem do processo; significado e gerência das diversas secretarias sem privilegiar a Segurança Pública.

As Eleições Municipais estão definidas como um momento SUPER IMPORTANTE para uma futura reeleição, em 2026, do grupo político que administra e domina o Estado há 18 anos. Pois, é preciso garantir prefeitos nas disputas nos 417 municípios do estado, assim como inúmeros vereadores nesses mesmos municípios. Isso é o melhor momento para a manobra política que o grupo, que dirige o Estado baiano, precisa garantir e se perpetuar na direção do processo e controle do Estado. Nada mais irá interessar ao Governo, nesse momento, ao troco de criar um problema com TODOS os SERVIDORES PÚBLICOS DO ESTADO DA BAHIA. Atender os apelos de alguns implicará, necessariamente, em atender a todos.

Portanto, atender nossos apelos como desejamos (um aumento em torno de 155% no valor bruto para o cargo de IPC na classe especial) é algo coerente para nossa situação de perdas inflacionárias e valorização salarial / subsídio. Mas, absurdamente, fora da disposição política do atual governo. E da média de variação percentual ofertada no último ano na região nordeste. Assim como nas referências dos valores salariais na mesma região. A maior remuneração no Nordeste é de R$ 15.454,00. E a média não ultrapassa os R$ 12.032,00.

É preciso entender que quando tivemos condições de instalar uma mesa de negociação em 2022. Esta ocorreu após muita LUTA que causou um problema para a gestão do Governo Rui Costa. Foram obrigados a abrirem a MESA DE NEGOCIAÇÃO, por determinação da justiça. Chegaram a dizer (poderia ser um blefe! Não tem como provar isso agora!) que tinham 03 (três) contrapropostas, mas que o Governador NÃO AUTORIZOU revelar para as entidades do MOVIMENTO JUNTOS SOMOS + FORTES que faziam parte das negociações.

Pois, todos nós ficamos sabendo, no fatídico dia de apresentação da CONTRAPROPOSTA, que o Sindpoc tinha bloqueado o processo e desfeito a mesa de negociação, numa manobra isolada, egoísta e secreta contra a mesma. O Sindpoc preferiu pagar por uma empresa de mediações: a CAMES em detrimento da existência de uma mesa que avançava nos diálogos  e tentava apresentar CONTRAPROPOSTAS. Algo lamentável!

Mas, voltando às premissas que nos ajudam a inferir nossa oposição e análise de que tudo não passa de um circo armado para nos entreter, ainda temos um cenário com as diversas reivindicações das carreiras de servidores públicos que compõem as secretarias e espaços estratégicos no controle do Estado. Exigindo, melhorias salariais e atualizações remuneratórias.

Problemas com trabalhadores da saúde, da educação (escolas de ensino fundamental, ensino médio e ensino superior), servidores da Embasa, Servidores do Poder Judiciário e, ESPECIALMENTE, sem esquecer os Policiais Militares e Bombeiros Militares. Que são segmentos importantíssimos diante do quadro de reivindicações dos servidores públicos da secretaria da segurança pública.

COMO ANDAM AS REIVINDICAÇÕES DOS MILITARES?

Os oficiais da PMBA receberam no mês de maio do ano em curso, promoções que alcançaram cerca de 300 oficiais. Muitos Tenentes, Capitães e Majores foram promovidos, respectivamente, à Capitães, Majores e Tenentes Coroneis! O que “morna” a busca pelo aumento dos valores e a busca da forma Subsídio. Na mesma esteira que as entidades representativas dos servidores da PCBA buscam a valorização!

Os Delegados de Polícia Civil da Bahia buscam valores salariais / subsídio que ofertariam ao DPC classe especial, um valor bruto em torno dos R$ 36.900,00. E um salário / subsídio ao DPC classe III, num valor bruto de R$ 26.600,00. Valores muito próximos aos desejados pelos oficiais (Majores , Tenente-coroneis e Coroneis) da PMBA e CBMBA na proposição que eles formularam numa articulação da associação Força Invicta.

Contudo, os oficiais foram relativamente agraciados com as promoções (dito anteriormente nesse documento) e nenhuma melhoria salarial. Assim como não foi efetivado nenhuma mudança na forma de pagamento para o subsídio. Ou seja: a proposição ou tabela de valores requeridos na forma subsídio, pela Força Invicta, se tornou uma “carta” na manga para ser usada em momento oportuno.

Caso os DPC’s consigam o que pedem, essa proposição sairá da “manga” dos representantes do oficialato da PMBA e CBMBA e será utilizada como um cavalo de batalhas pressionando o Governador Jerônimo Rodrigues. Portanto, acho que já dá pra entender o que isso causaria e o efeito cascata que provocaria na tentativa de contemplar a PMBA, o CBMBA e demais segmentos do poder executivo.

É necessário lembrar que as atitudes do Governo do Estado da Bahia, seja nas falas do Governador, seja nas falas dos técnicos do Governo e seus secretários, apresentam um discurso evasivo, superficial, protelador e quando muito avança apontam para um fechamento de proposta em torno de “penduricalhos” (lembrem da narrativa do presidente da ADPEB, Jorge Figueiredo, informando que os técnicos e secretários ofereceram destinar “migalhas” e “penduricalhos” que seriam aprovados em novembro do ano em curso… e serem pagos a partir de 2025).

O Governador Jerônimo Rodrigues, muito habilidoso, não seria prudente dizer que não dialogará. E nem que analisará possíveis propostas. Dando a contrapartida, que após a análise surgiriam alguma proposição do Governo. Bela saída e  remédio para acalmar os ânimos e poder protelar o quanto puder. As lições do Governo Rui Costa, obriga essa mudança de feedback diante dos apelos dos servidores públicos do Estado. Tem sido assim com todos os segmentos que brigam por melhorias salariais desde 2023.

Mas, antes de concluir que poderá apreciar e com certeza responderá com uma proposição advinda do Estado, o Governador inicia seu discurso afirmando (tentando constrager a classe trabalhadora perante a sociedade, aos secretários e dirigentes institucionais que Já fez muita coisa pela Segurança Pública, especialmente pela PCBA. Como aquisição de viaturas, compras de equipamentos, melhorias de unidades policiais, Promoções no ano anterior, concursos públicos abrindo novas vagas e a ação continua de combate ao crime. 

Essa tática argumentativa é para dizer indiretamente, que o que era possível fazer… ele está fazendo e fez. Que, no momento, nada mais será possível. E que atender um significa ter que atender os demais!

Isso nos impõe levar em consideração outras variáveis que justificam nossas inferências. Por exemplo: Não é possível esquecer, também, as querelas dos servidores técnicos do judiciário, através do Sinpojud e dos servidores das mais variadas secretarias do  Poder Executivo.  Esses, também, dialogam a todo tempo, de acordo com os passos e caminhos adotados pelo Estado da Bahia. Tudo isso é milimetricamente levado em consideração observando as posições do Governador diante dos apelos alheios.

Só de posse dessas informações, sem precisar elencar outras inúmeras perspectivas e fatos que aprimoram e fortalecem a objeção e a crítica que a oposição tem diante do processo.

Não há possibilidade do caminho adotado nos levar a uma solução que se aproxime dos desejos e que indique respostas plausíveis ainda esse ano. Muito menos garantir a VALORIZAÇÃO tão esperada!

Só uma LUTA REAL, que faça valer o discurso: “QUEM NÃO CHORA, NÃO MAMA”. Que entenda que somente a LUTA muda a vida. Nos colocando na condição de estorvo, incômodo ao Governo do Estado poderá nos apresentar como um segmento sério, importante e necessário. Somente uma luta fundamentada em argumentos justificados juridicamente, com embasamento técnico, administrativo, contábil e econômico poderá nos qualificar num processo de lutas, onde a retaguarda e as contraposições encontrariam sustentação para resistir.

Mas na forma, modo e velocidade em que estamos caminhando, tudo aponta para uma situação de mais engano, mais migalhas, mais perdas, mais ilusões e a perpetuação de uma gestão sindical totalmente superada e traidora!

Por Denilson Neves - IPC/BA.

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