A Polícia Civil autuou em flagrante Tancredo Neves, companheiro da delegada de Polícia Civil Patrícia Neves Jackes Aires, por crime de feminicídio, após o corpo da vítima ser encontrado no banco do carona do seu veículo, em uma área de mata, no município de São Sebastião do Passé, no domingo (11).
O homem é o principal suspeito do crime, cujas investigações encontram-se nas fases preliminares, com perícias em curso, análises de imagens de câmeras de vigilância e outras diligências investigativas. Ainda não existem elementos que confirmem a informação acerca de um suposto sequestro que desencadeou na morte da delegada.
Em nota Polícia Civil da Bahia lamentou profundamente a morte da servidora, que estava lotada no plantão da Delegacia Territorial de Santo Antônio de Jesus, e informa que está empenhada com todos os seus departamentos para esclarecer plenamente as circunstâncias do caso e realizar todas as providências de polícia judiciária cabíveis.
A nota diz ainda que a delegada-geral da Polícia Civil da Bahia, Heloísa Campos de Brito, "compartilha o luto com família e amigos". "Um dia de muita tristeza na nossa instituição, com uma trágica perda para todos nós. Estamos dedicando todos os nossos recursos e esforços para dar a resposta necessária a esse crime terrível contra Patrícia Jackes", declara.
O corpo da delegada Patrícia Neves Jackes Aires foi encontrado no banco do carona de um veículo, em uma área de mata, na manhã do domingo (11), na cidade de São Sebastião do Passé, Região Metropolitana de Salvador (RMS).
De acordo com a Polícia Civil, Tancredo Neves, companheira da vítima é o principal suspeito do crime, "cujas investigações encontram-se nas fases preliminares, com perícias em curso, análises de imagens de câmeras de vigilância e outras diligências investigativas". "Ainda não existem elementos que confirmem a informação acerca de um suposto sequestro que desencadeou na morte da delegada", diz nota da Polícia Civil, em relação ao surgimento da verão nas primeiras horas do dia.
Quem era Patrícia Neves: Mãe, plantonista e atuante no enfrentamento às violências de gênero
A delegada Patrícia Neves Jackes Aires, de 39 anos, encontrada morta neste domingo (11) dentro do próprio carro, em São Sebastião do Passé, na Região Metropolitana de Salvador, era mãe, atuava como plantonista e era ativa no enfrentamento às violências de gênero.
O companheiro dela, Tancredo Neves, foi preso em flagrante e é o principal suspeito do crime. O g1 tenta localizar a defesa dele para pedir um posicionamento.
Bacharel em Direito e especialista em Direito Penal e Processo Penal, a delegada nasceu em Recife e tomou posse em 2016, sendo designada em seguida para a Delegacia Territorial de Barra, no oeste do estado. Posteriormente, serviu em Maragogipe e São Felipe, antes de ser lotada em Santo Antônio de Jesus, onde atuava como plantonista.
Patrícia Jackes tinha forte atuação na prevenção e enfrentamento às violências de gênero, com passagem, em 2021, pelo Núcleo Especializado de Atendimento à Mulher (NEAM), da 4ª Coordenadoria de Polícia, no município de Santo Antônio de Jesus (BA). Antes de se formar em Direito, Patrícia se graduou em Licenciatura Plena em Letras. Ela trabalhou por 12 anos como professora de língua portuguesa e língua inglesa.
A Delegada-Geral da Polícia Civil da Bahia, Heloísa Campos de Brito, também lamentou o ocorrido através de uma publicação em uma rede social.
"Acordei com a triste notícia da partida da delegada Patrícia Neves Jackes Aires, que estava lotada no plantão da Delegacia Territorial de Santo Antônio de Jesus. Meus sentimentos aos familiares e colegas de profissão", escreveu na legenda da postagem.
Suspeito de matar a delegada Patrícia Jackes tem histórico de crimes e violência
Tancredo Neves, suspeito de assassinar a delegada Patrícia Jackes, cujo corpo foi encontrado no banco do passageiro de seu carro na cidade de São Sebastião do Passé na manhã de domingo (11), tem um passado repleto de crimes, incluindo o exercício ilegal da medicina.
Tancredo Neves se fazia passar por médico, embora não possuísse registro no Conselho Regional de Medicina (CRM). As investigações revelaram que Tancredo estudou medicina em outro país, mas não realizou o processo de revalidação do diploma, o que o impede de exercer legalmente a profissão no Brasil. Ele enfrentou processos nas cidades de Conde e Itamaraju, todos relacionados à prática ilegal da medicina.
Na cidade de Euclides da Cunha, Tancredo foi denunciado por usar o CRM de um idoso para prescrever medicamentos. A queixa foi feita por alguém que descobriu que o medicamento prescrito não era eficaz e, ao verificar o CRM, constatou que pertencia a um médico idoso e não a Tancredo.
Além dessas irregularidades, Tancredo também é acusado de não pagar pensão alimentícia, apesar de exibir um estilo de vida luxuoso nas redes sociais.
Patricia Neves Jackes Aires assumiu o cargo de delegada de polícia em 2016 e trabalhou em diversas delegacias territoriais, incluindo Barra, Maragogipe e São Felipe. Atualmente coordenada o NEAM - Núcleo de Atendimento à Mulher em Santo Antônio de Jesus.
Tancredo tem um histórico alarmante de agressões contra mulheres. Em maio deste ano, foi preso por agredir a própria delegada Patrícia Jaques, quebrando um de seus dedos, a Polícia Militar precisou intervir. Esse não foi um caso isolado, já que ex-namoradas e ex-companheiras também o acusam de agressões físicas.
Tancredo já havia agredido a delegada em outras ocasiões, incluindo um incidente em que amigos tiveram que intervir. Em uma dessas situações, ele quebrou o celular de Patrícia e a agrediu na frente de seu filho. O passado violento de Tancredo ressalta a reincidência e gravidade de seus crimes.
Suspeito de matar delegada Patrícia Jackes responde por exercício ilegal da medicina e outros crimes.
O suspeito de ter matado a delegada Patrícia Jackes, encontrada no banco do carona do seu veículo, na cidade de São Sebastião do Passé, na manhã deste domingo (11), possui um histórico de diversos crimes, um deles é o exercício ilegal da profissão de médico.
Tancredo Neves se apresentava como médico sem possuir registro no Conselho Regional de Medicina (CRM). De acordo com as investigações, Tancredo teria estudado medicina em outro país, mas não passou pelo processo de revalidação do diploma, o que o impede de atuar legalmente no Brasil. Os processos contra ele foram registrados nas cidades de Conde e Itamaraju, ambos relacionados à prática ilegal da medicina.
Em Euclides da Cunha, Tancredo foi denunciado por se passar por médico, utilizando o CRM de um idoso para prescrever medicamentos. A pessoa que registrou a queixa relatou que o remédio prescrito não surtiu efeito e, ao investigar o CRM, descobriu que pertencia a um médico idoso, e não a Tancredo.
Além dessas irregularidades, Tancredo enfrenta acusações de não pagamento de pensão alimentícia, mesmo ostentando um estilo de vida luxuoso em suas redes sociais.
Patrícia tomou posse do cargo de delegada em 2016 e foi designada a Delegacia Territorial de Barra. Depois disso trabalhou em Maragogipe e São Felipe. Recentemente a delegava atuava como plantonista em Santo Antônio de Jesus.
Histórico de agressões
Seu histórico de violência contra mulheres é alarmante. Em maio deste ano, ele foi preso após agredir a própria delegada Patrícia Jaques, quebrando um de seus dedos em um incidente que exigiu a intervenção da Polícia Militar.
Esse caso não foi isolado: ex-namoradas e ex-companheiras também o acusam de agressões físicas.
Tancredo já havia agredido a delegada em outras ocasiões, incluindo um episódio em que amigos precisaram intervir para cessar a agressão. Em uma dessas situações, ele teria quebrado o celular da delegada e a agredido na presença de seu filho.