Uma investigação conduzida pelo Tribunal de Justiça do Estado de Goiás resultou em uma operação do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO) do Ministério Público, com o apoio da Polícia Militar de São Paulo, na residência de um juiz afastado pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, que reside em Jundiaí.
O caso está sob segredo de justiça.
Segundo informações policiais, o juiz investigado não trabalha em Jundiaí, apenas reside na cidade. Em nota, o Tribunal de Justiça de São Paulo esclareceu que havia solicitado ao Portal R7 a correção de uma notícia equivocada, que apontava juízes de Jundiaí e Sumaré como investigados. "A informação não procede", declarou o Tribunal.
Na casa do juiz afastado, foram apreendidos celulares, cinco computadores, tablets, anotações e a quantia de R$ 1,6 milhão em espécie, itens que podem ser fundamentais para a investigação em curso. Juízes do Fórum de Jundiaí manifestaram descontentamento com a divulgação da notícia pelo Portal R7, reforçando que o magistrado investigado apenas reside na cidade, sem exercer atividades profissionais no Fórum local e segundo o Tribunal de Justiça de São Paulo e o magistrado já havia sido afastado de suas funções.
O magistrado está sendo alvo de investigação do Ministério Público (MP) de São Paulo, por suposto envolvimento em um esquema de venda de sentenças à Facção Criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). Na terça-feira policiais militares e agentes do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado de São Paulo (GAECO) estiveram na casa dele cumprindo mandado de busca e apreensão expedido pela Justiça
(*) Confira artigo de Crispiniano Daltro sobre o tema: A Usurpação de Funções Judiciárias no Brasil