ARTICULISTAS ELEIÇÕES MUNICIPAIS
SUCESSÃO MUNICIPAL, PT E 2026
O PT só descarta aliança com o PL, abrigo partidário do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro, e com os postulantes ao cargo mais cobiçado do Poder Executivo municipal "identificados com o projeto bolsonarista".
05/09/2024 18h58 Atualizada há 2 semanas
Por: Carlos Nascimento Fonte: COLUNA WENSE, QUINTA-FEIRA, 5 DE SETEMBRO DE 2024.

O comando nacional do PT, sob a batuta da deputada federal Gleisi Hoffmann, decidiu que o apoio do partido a uma candidatura de outra legenda na sucessão municipal fica condicionado ao pleito presidencial de 2026.

A sigla do candidato a prefeito apoiado pelo PT assume o compromisso de apoiar à reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a sua busca pelo governo Lula 4.

O PT só descarta aliança com o PL, abrigo partidário do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro, e com os postulantes ao cargo mais cobiçado do Poder Executivo municipal "identificados com o projeto bolsonarista".

As agremiações partidárias ligadas ao chamado centrão, com destaque para o PP e Republicanos, já são aliadas do lulopetismo em diversos municípios. O apoio do PT, principalmente nas capitais e cidades com mais de 100 mil eleitores, vem sendo monitorado.

Até as freiras do convento das Carmelitas sabem que esse "toma lá, dá cá eleitoral do PT tende a fracassar. O exemplo-mor de que o tiro pode sair pela culatra vai ser protagonizado pelo PSD, que tem na presidência nacional Gilberto Kassab.

Kassab é político de inteira confiança de Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo, filiado ao Republicanos. Kassab é seu secretário de Governo e Relações Institucionais. É quem mais trabalha para viabilizar a candidatura do chefe do Palácio dos Bandeirantes à presidência da República em 2026.

Nos bastidores, longe dos holofotes e do povão de Deus, Tarcísio e Kassab torcem para que a inelegibilidade de Jair Messias Bolsonaro (PL) não seja anulada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), instância máxima do Poder Judiciário.

Com Bolsonaro fora da disputa, condição para que Tarcísio articule sua candidatura ao Palácio do Planalto, o PSD tende a apoiar o chefe do Palácio dos Bandeirantes, dando um chega pra lá na reeleição de Lula.

Trazendo a exigência do PT para Itabuna, uma pertinente pergunta vem logo à tona: Como vai se comportar o prefeito Augusto Castro (PSD), seja reeleito ou não, na sucessão presidencial de 2026, caso o partido tome a decisão de apoiar Tarcísio de Freitas ?

O PT, com o aval das suas três principais lideranças - governador Jerônimo Rodrigues, senador Jaques Wagner e o ministro Rui Costa -, avalizou o apoio à reeleição de Augusto. O PT augustiniano, rotulado de PT 2, derrotou o PT que defendia candidatura própria com Geraldo Simões, chamado de PT 1.

Vale lembrar que o apoio do PSD da Bahia, sob a batuta do senador Otto Alencar, é imprescindível para uma eventual candidatura de Tarcísio de Freitas. Qualquer atitude de desobediência por parte de Augusto Castro pode ser enquadrada como infidelidade partidária.

Concluo dizendo que três fatos podem levar o PSD apoiar Tarcísio de Freitas:

1) a manutenção da inelegibilidade de Bolsonaro.

2) a queda da popularidade de Lula.

3) o crescimento do governador de São Paulo nas pesquisas de intenções de voto.

Para "amarrar" o PSD, Tarcísio de Freitas convidaria Gilberto Kassab para ser o vice. Costumo dizer que na política os menos espertos dão beliscão em azulejo.

COLUNA WENSE, 05.09.2024.

Marco Wense - Itabunense, Advogado e Articulista de Política. Assina a Coluna Wense, publicada diariamente em vários sites e blog da Bahia.

SUCESSÃO MUNICIPAL, PT E 2026
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O PT só descarta aliança com o PL, abrigo partidário do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro, e com os postulantes ao cargo mais cobiçado do Poder Executivo municipal "identificados com o projeto bolsonarista".
05/09/2024 18h58 Atualizada há 2 semanas
Por: Carlos Nascimento Fonte: COLUNA WENSE, QUINTA-FEIRA, 5 DE SETEMBRO DE 2024.

O comando nacional do PT, sob a batuta da deputada federal Gleisi Hoffmann, decidiu que o apoio do partido a uma candidatura de outra legenda na sucessão municipal fica condicionado ao pleito presidencial de 2026.

A sigla do candidato a prefeito apoiado pelo PT assume o compromisso de apoiar à reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a sua busca pelo governo Lula 4.

O PT só descarta aliança com o PL, abrigo partidário do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro, e com os postulantes ao cargo mais cobiçado do Poder Executivo municipal "identificados com o projeto bolsonarista".

As agremiações partidárias ligadas ao chamado centrão, com destaque para o PP e Republicanos, já são aliadas do lulopetismo em diversos municípios. O apoio do PT, principalmente nas capitais e cidades com mais de 100 mil eleitores, vem sendo monitorado.

Até as freiras do convento das Carmelitas sabem que esse "toma lá, dá cá eleitoral do PT tende a fracassar. O exemplo-mor de que o tiro pode sair pela culatra vai ser protagonizado pelo PSD, que tem na presidência nacional Gilberto Kassab.

Kassab é político de inteira confiança de Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo, filiado ao Republicanos. Kassab é seu secretário de Governo e Relações Institucionais. É quem mais trabalha para viabilizar a candidatura do chefe do Palácio dos Bandeirantes à presidência da República em 2026.

Nos bastidores, longe dos holofotes e do povão de Deus, Tarcísio e Kassab torcem para que a inelegibilidade de Jair Messias Bolsonaro (PL) não seja anulada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), instância máxima do Poder Judiciário.

Com Bolsonaro fora da disputa, condição para que Tarcísio articule sua candidatura ao Palácio do Planalto, o PSD tende a apoiar o chefe do Palácio dos Bandeirantes, dando um chega pra lá na reeleição de Lula.

Trazendo a exigência do PT para Itabuna, uma pertinente pergunta vem logo à tona: Como vai se comportar o prefeito Augusto Castro (PSD), seja reeleito ou não, na sucessão presidencial de 2026, caso o partido tome a decisão de apoiar Tarcísio de Freitas ?

O PT, com o aval das suas três principais lideranças - governador Jerônimo Rodrigues, senador Jaques Wagner e o ministro Rui Costa -, avalizou o apoio à reeleição de Augusto. O PT augustiniano, rotulado de PT 2, derrotou o PT que defendia candidatura própria com Geraldo Simões, chamado de PT 1.

Vale lembrar que o apoio do PSD da Bahia, sob a batuta do senador Otto Alencar, é imprescindível para uma eventual candidatura de Tarcísio de Freitas. Qualquer atitude de desobediência por parte de Augusto Castro pode ser enquadrada como infidelidade partidária.

Concluo dizendo que três fatos podem levar o PSD apoiar Tarcísio de Freitas:

1) a manutenção da inelegibilidade de Bolsonaro.

2) a queda da popularidade de Lula.

3) o crescimento do governador de São Paulo nas pesquisas de intenções de voto.

Para "amarrar" o PSD, Tarcísio de Freitas convidaria Gilberto Kassab para ser o vice. Costumo dizer que na política os menos espertos dão beliscão em azulejo.

COLUNA WENSE, 05.09.2024.

Marco Wense - Itabunense, Advogado e Articulista de Política. Assina a Coluna Wense, publicada diariamente em vários sites e blog da Bahia.