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GERALDO JÚNIOR, WAGNER E A SUCESSÃO DE SALVADOR
Geraldo Júnior, postulante ao comando do cobiçado Palácio Thomé de Souza, tem que conduzir a campanha com responsabilidade, sob pena de causar um amplo enfraquecimento no emedebismo, não só da capital como do interior.
20/09/2024 14h05
Por: Carlos Nascimento Fonte: COLUNA WENSE, QUARTA-FEIRA, 18.09.2024.

O candidato do MDB na sucessão de Salvador, o vice-governador Geraldo Júnior, precisa entender que sua derrota vai respingar em outras lideranças políticas, mais especificamente no senador Jaques Wagner (PT), padrinho político da sua candidatura.

Geraldo Júnior, postulante ao comando do cobiçado Palácio Thomé de Souza, tem que conduzir a campanha com responsabilidade, sob pena de causar um amplo enfraquecimento no emedebismo, não só da capital como do interior.

Até as freiras do convento das Carmelitas sabem que o segundo mandato de Bruno Reis (UB), via instituto da reeleição, liquidando a fatura logo no primeiro turno, é dado como favas contadas até mesmo pelo próprio Geraldo.

O que seria desastroso, lembrando que a possibilidade não pode ser literalmente descartada, é o candidato do PSOL, Kleber Rosa, ter mais votos do que Geraldo Júnior, empurrando o emedebista para um decepcionante e amargo terceiro lugar.

A última pesquisa da Quaest, realizada entre 14 e 16 de setembro, traz a seguinte pontuação em relação aos votos válidos: Bruno Reis com 87%, Geraldo Júnior 7%, Kleber Rosa 4% e Victor Marinho (PSTU) 1%. A diferença entre o emedebista e o psolista é de apenas 3%, o que pode ser considerado como um empate técnico.

Lideranças da ala esquerda do PT já estão de mãos dadas com o candidato do PSOL. Não perdem a oportunidade de dizer que Geraldo Júnior, junto com a "direitona", foi um entusiasmado defensor do impeachment da então presidente Dilma Rousseff. 

Como não bastasse, tem a impressão, que para muitos é uma constatação, de que Geraldo Júnior jogou a toalha. O candidato do lulopetismo participou, em pleno sábado, de uma caminhada em Lauro de Freitas. A militância do PT soteropolitano, que ainda acompanha o vice-governador, ficou a ver navios, tiririca da vida.

E Rui Costa? Imagino que o ministro da Casa Civil do governo Lula 3, em conversas reservadas, quando questionado sobre a candidatura de Geraldo Júnior, lança mão do "quem pariu Mateus que balance".

Concluo dizendo que se arrependimento matasse, Geraldo Júnior e Jaques Wagner já estariam em um lugar chamado de eternidade.

(Coluna Wense, 18.09.2024)

Marco Wense - Itabunense, Advogado e Articulista de Política. Assina a Coluna Wense, publicada diariamente em vários sites e blog da Bahia.

 

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