CATEGORIA POLICIAL ASSÉDIO NA PCBA
Delegado ACM é exonerado da titularidade após denúncias de Assédio Sexual por Investigadoras
Antônio Carlos Magalhães, conhecido como Delegado ACM, ex-titular da 28ª DT de Salvador, nega as acusações e alega ser vítima de “ardilosa armação política”. SSP-BA determinou investigação e acompanhamento psicológico para as vítimas.
02/10/2024 12h50 Atualizada há 4 horas
Por: Carlos Nascimento Fonte: Editoria de Polícia

A Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) determinou que a Polícia Civil investigue denúncias de assédio sexual feitas por quatro investigadoras contra o delegado Antônio Carlos Magalhães Santos. A Corregedoria-Geral da Polícia Civil foi acionada para acompanhar o caso. As denúncias envolvem toques nos corpos das investigadoras e convites indevidos, como passeios de lancha.

 

O delegado foi exonerado de sua função como titular da 28ª Delegacia Territorial (DT) do Nordeste de Amaralina, em Salvador, no dia 24 de setembro, conforme publicado no Diário Oficial do Estado (DOE), também foi publicada na mesma edição do DOE, sua “LICENÇA PRÊMIO”, embora as denúncias estejam sendo investigadas, ainda não há confirmação se a exoneração foi resultado direto dessas acusações.

 

Posicionamento do Delegado

Em nota, Antônio Carlos Magalhães negou as acusações, classificando-as como "inverídicas e de cunho político". Ele afirmou que as denúncias são parte de uma "armação" para prejudicar sua imagem e ressaltou seus 25 anos de serviço na polícia, em contraste com o pouco tempo das investigadoras na instituição.

Abaixo a íntegra da nota de resposta do delegado Antônio Carlos:

Eu trabalho na Polícia há 25 anos, e a Instituição sempre foi prioridade em minha vida, inclusive, por diversas vezes, acima da minha família. As acusações partiram de servidoras que estão há apenas 04 meses de carreira policial. Ao longo da minha caminhada sempre preservei pelo profissionalismo e boa conduta.

Toda delegacia por onde passei tive um grande desempenho que foi reconhecido pela Secretaria de Segurança Pública e principalmente pela comunidade local.

Não tenho dúvida que se trata de uma ardilosa armação para manchar a minha imagem perante a Polícia e a sociedade, mas confio na justiça que não serão falsas acusações de pessoas de pouco meses na Instituição que vão depreciar a minha reputação.

O trabalho que eu cobro dos policiais é o trabalho que eu faço, é atender bem a população, fazer operação na rua, garantir a segurança e paz, mas infelizmente nem todos querem fazer isto ou se comprometer 100% com a Polícia, e quando são obrigados a trabalhar no que não desejam agem de total má-fé, como estão fazendo comigo.

As acusações contra mim são inverídicas e de cunho político e serão devidamente rechaçadas no momento oportuno com minhas declarações que irão apontar o real motivo destas, além de que no curso do procedimento será provada a minha inocência.

O inimigo pode estar de pé agora, mas Deus é a minha verdade e o meu escudo!”

Histórico de Acusações

Este não é o primeiro episódio envolvendo o delegado. Há 17 anos, ele foi réu em um processo de estupro contra uma adolescente de 17 anos, que o acusou de mantê-la em cárcere privado e de abusá-la sexualmente em um hotel. Na época, ele também foi exonerado do cargo que ocupava.

O caso teve ampla repercussão e foi acompanhado pelo Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA).

Manifestação da Polícia Civil e do Sindicato

A Polícia Civil emitiu nota informando que as servidoras estão recebendo apoio psicológico por meio do Departamento Médico (DEMEP) e reafirmou o compromisso de investigar a situação. O Sindicato dos Policiais Civis da Bahia, acompanha o caso e presta suporte às vítimas, que estão afastadas temporariamente de suas funções e solicitaram transferência para outras unidades.

Ana Carla Souza, vice-presidente do Sindpoc, destacou que o assédio, além de toques corporais indevidos, envolvia convites para passeios de lancha e humilhações públicas, como xingamentos. Segundo Luciene Rodrigues, secretária-geral do Sindpoc, o delegado costumava dizer que sua influência impediria qualquer punição, o que aumentava a vulnerabilidade das vítimas.

As denúncias contra o delegado Antônio Carlos Magalhães representam um marco significativo no combate ao assédio sexual dentro das forças policiais da Bahia.

As medidas tomadas, como a exoneração do delegado e o acompanhamento das vítimas, indicam que a Polícia Civil busca tratar o caso com a seriedade necessária, enquanto as investigações avançam.

Contudo, o histórico do acusado levanta questões sobre a eficácia dos mecanismos internos de controle e prevenção de abusos dentro da instituição. O desfecho do caso poderá determinar mudanças no tratamento de denúncias futuras, além de contribuir para um ambiente de trabalho mais seguro para as servidoras da polícia.

Delegado ACM é exonerado após denúncias de assédio

Delegado ACM é exonerado da titularidade após denúncias de Assédio Sexual por Investigadoras
CATEGORIA POLICIAL ASSÉDIO NA PCBA
Delegado ACM é exonerado da titularidade após denúncias de Assédio Sexual por Investigadoras
Antônio Carlos Magalhães, conhecido como Delegado ACM, ex-titular da 28ª DT de Salvador, nega as acusações e alega ser vítima de “ardilosa armação política”. SSP-BA determinou investigação e acompanhamento psicológico para as vítimas.
02/10/2024 12h50 Atualizada há 4 horas
Por: Carlos Nascimento Fonte: Editoria de Polícia

A Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) determinou que a Polícia Civil investigue denúncias de assédio sexual feitas por quatro investigadoras contra o delegado Antônio Carlos Magalhães Santos. A Corregedoria-Geral da Polícia Civil foi acionada para acompanhar o caso. As denúncias envolvem toques nos corpos das investigadoras e convites indevidos, como passeios de lancha.

 

O delegado foi exonerado de sua função como titular da 28ª Delegacia Territorial (DT) do Nordeste de Amaralina, em Salvador, no dia 24 de setembro, conforme publicado no Diário Oficial do Estado (DOE), também foi publicada na mesma edição do DOE, sua “LICENÇA PRÊMIO”, embora as denúncias estejam sendo investigadas, ainda não há confirmação se a exoneração foi resultado direto dessas acusações.

 

Posicionamento do Delegado

Em nota, Antônio Carlos Magalhães negou as acusações, classificando-as como "inverídicas e de cunho político". Ele afirmou que as denúncias são parte de uma "armação" para prejudicar sua imagem e ressaltou seus 25 anos de serviço na polícia, em contraste com o pouco tempo das investigadoras na instituição.

Abaixo a íntegra da nota de resposta do delegado Antônio Carlos:

Eu trabalho na Polícia há 25 anos, e a Instituição sempre foi prioridade em minha vida, inclusive, por diversas vezes, acima da minha família. As acusações partiram de servidoras que estão há apenas 04 meses de carreira policial. Ao longo da minha caminhada sempre preservei pelo profissionalismo e boa conduta.

Toda delegacia por onde passei tive um grande desempenho que foi reconhecido pela Secretaria de Segurança Pública e principalmente pela comunidade local.

Não tenho dúvida que se trata de uma ardilosa armação para manchar a minha imagem perante a Polícia e a sociedade, mas confio na justiça que não serão falsas acusações de pessoas de pouco meses na Instituição que vão depreciar a minha reputação.

O trabalho que eu cobro dos policiais é o trabalho que eu faço, é atender bem a população, fazer operação na rua, garantir a segurança e paz, mas infelizmente nem todos querem fazer isto ou se comprometer 100% com a Polícia, e quando são obrigados a trabalhar no que não desejam agem de total má-fé, como estão fazendo comigo.

As acusações contra mim são inverídicas e de cunho político e serão devidamente rechaçadas no momento oportuno com minhas declarações que irão apontar o real motivo destas, além de que no curso do procedimento será provada a minha inocência.

O inimigo pode estar de pé agora, mas Deus é a minha verdade e o meu escudo!”

Histórico de Acusações

Este não é o primeiro episódio envolvendo o delegado. Há 17 anos, ele foi réu em um processo de estupro contra uma adolescente de 17 anos, que o acusou de mantê-la em cárcere privado e de abusá-la sexualmente em um hotel. Na época, ele também foi exonerado do cargo que ocupava.

O caso teve ampla repercussão e foi acompanhado pelo Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA).

Manifestação da Polícia Civil e do Sindicato

A Polícia Civil emitiu nota informando que as servidoras estão recebendo apoio psicológico por meio do Departamento Médico (DEMEP) e reafirmou o compromisso de investigar a situação. O Sindicato dos Policiais Civis da Bahia, acompanha o caso e presta suporte às vítimas, que estão afastadas temporariamente de suas funções e solicitaram transferência para outras unidades.

Ana Carla Souza, vice-presidente do Sindpoc, destacou que o assédio, além de toques corporais indevidos, envolvia convites para passeios de lancha e humilhações públicas, como xingamentos. Segundo Luciene Rodrigues, secretária-geral do Sindpoc, o delegado costumava dizer que sua influência impediria qualquer punição, o que aumentava a vulnerabilidade das vítimas.

As denúncias contra o delegado Antônio Carlos Magalhães representam um marco significativo no combate ao assédio sexual dentro das forças policiais da Bahia.

As medidas tomadas, como a exoneração do delegado e o acompanhamento das vítimas, indicam que a Polícia Civil busca tratar o caso com a seriedade necessária, enquanto as investigações avançam.

Contudo, o histórico do acusado levanta questões sobre a eficácia dos mecanismos internos de controle e prevenção de abusos dentro da instituição. O desfecho do caso poderá determinar mudanças no tratamento de denúncias futuras, além de contribuir para um ambiente de trabalho mais seguro para as servidoras da polícia.

Delegado ACM é exonerado após denúncias de assédio