Augustinianos, depois do evento, não estão mais dizendo que o alcaide vai vencer o pleito com mais de 10 mil votos de frente. O arrependimento de quem apostou começa a aflorar.
O desaconselhável "já ganhou" escafedeu-se. A opinião, até mesmo entre os eleitores do segundo mandato, que querem a permanência do chefe do Executivo por mais quatro anos na Prefeitura de Itabuna, no comando do cobiçado centro administrativo Firmino Alves, é que a disputa ficou acirrada.
Pancadinha fez uma boa caminhada, atingindo assim o objetivo de animar a militância na última semana da campanha, o que é imprescindível em uma eleição que ainda se encontra indefinida.
Augusto tem pela frente, como uma espécie de adversário, o chamado "voto útil". Vale ressaltar que esse tipo de voto também atinge Pancadinha. Mas em relação ao prefeito é bem menor e menos consistente.
Numa explicação mais didática, o voto útil é aquele que é acionado quando o candidato do eleitor não tem nenhuma chance de vencer o processo sucessório, o que faz sufragar quem ele não quer que seja eleito.
Como não bastasse, muitos bolsonaristas que iriam votar na reeleição de Augusto estão retornando para o candidato Chico França, do PL, abrigo partidário do ex-presidente Bolsonaro, o "mito" da direita brasileira. O precípuo argumento é que Augusto assumiu um compromisso com o PT de apoiar o presidente Lula na sucessão de 2026, quando o petista-mor pretende disputar o quarto mandato. Com efeito, as três principais lideranças do lulopetismo da Boa Terra - governador Jerônimo Rodrigues, senador Jaques Wagner e o ministro Rui Costa - dão como favas contadas a presença de Augusto no palanque do morador mais ilustre do Palácio do Alvorada.
Outro ponto da sucessão é que o pleito não está sendo federalizado. A prova inconteste é a posição de Chico França nas pesquisas de intenções de voto. Lembrando que o então candidato Bolsonaro, que buscava o segundo mandato, obteve em Itabuna 52.768 votos, equivalente a 47,07% dos eleitores.
Concluo dizendo que o jogo da sucessão, da tomada do poder, está aberto. Aconselho aos apostadores de plantão o ditado popular que "cautela e canja de galinha não fazem mal a ninguém".
COLUNA WENSE, 02 .10.2024.
Marco Wense - Itabunense, Advogado e Articulista de Política. Assina a Coluna Wense, publicada diariamente em vários sites e blog da Bahia.
Clique na imagem e acesse a Coluna Wense/PÁGINA DE POLÍCIA: