O ex-deputado federal Lúcio Vieira Lima, presidente de honra do MDB da Bahia, tem razão quando diz que o partido teve um "desempenho positivo" no processo eleitoral de 2024.
Com 32 prefeitos eleitos, o MDB ficou na quarta posição, atrás do PSD, Avante e do PT, respectivamente com a eleição (ou reeleição) de 115, 60 e 49 alcaides.
Lúcio, no entanto, erra quando diz que o MDB plantou "uma semente na capital", se referindo ao vice-governador Geraldo Júnior, fragorosamente derrotado na sucessão de Salvador, ficando na terceira colocação, sendo ultrapassado por Kleber Rosa, candidato do PSOL.
A prova inconteste do fracasso eleitoral de Geraldo Jr. é o fato das três principais lideranças do PT da Boa Terra - governador Jerônimo Rodrigues, senador Jaques Wagner e o ministro Rui Costa - estarem fugindo do vice-governador como o diabo da cruz. Politicamente falando, querem distância do emedebista.
Matéria do site Política Livre diz que o ex-ministro Geddel Vieira Lima, um dos comandantes do MDB, ao ser questionado sobre o desempenho de Geraldo Jr. no pleito soteropolitano, se esquivou da culpa pela derrota vexatória do companheiro de legenda. "Eu não fui candidato a nada", declarou Geddel.
||| Veja, caro e atento leitor, o que disse, ipsis litteris, a coluna Raio Laser, da Tribuna da Bahia: "O governador do Estado decidiu que não emprestaria o Palácio de Ondina para o pronunciamento sobre a derrota de Geraldo Júnior, cujo pedido foi anunciado na residência oficial do governo, na presença de toda a cúpula petista. Jerônimo não quer colocar a derrota acachapante no colo".|||
Só vão lembrar do MDB na sucessão de 2026, quando o PT pretende reeleger Jerônimo Rodrigues. O MDB tem um bom tempo no horário eleitoral e uma boa estrutura partidária no interior, com muitos diretórios municipais.
Descartado mesmo é Geraldo Júnior continuar como vice de Jerônimo na sucessão de 2026. Com efeito, é unânime a opinião, até mesmo dentro do emedebismo, de que o futuro político do vice-governador é incerto, que teria dificuldade de se eleger a deputado estadual.
Lúcio Vieira Lima é o responsável direto pela sobrevivência política do MDB. Sem Lúcio na frente das articulações, o partido estaria em uma situação mais complicada. Diria até, sem nenhum receio de está exagerando, que Lúcio é a "tábua de salvação" do MDB.
COLUNA WENSE, 08.10.2024.
Marco Wense - Itabunense, Advogado e Articulista de Política. Assina a Coluna Wense, publicada diariamente em vários sites e blog da Bahia.
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