No staff político de Augusto Castro, reeleito prefeito de Itabuna pelo PSD, a opinião em relação a uma possível candidatura de Andrea Castro no pleito de 2026 está literalmente dividida.
A primeira-dama disputaria uma vaga na Assembleia Legislativa do Estado, obviamente como candidata a deputada estadual.
Os que são a favor lançam mão de dois argumentos : 1) que a eleição de Andrea é favas contadas. 2) que será mais um obstáculo à reeleição do deputado Fabrício Pancadinha (SDD), principal adversário no processo sucessório. Os que são contra lembram que foi esse "projeto familiar" que causou o desgaste político do ex-alcaide Geraldo Simões (PT).
Não se sabe o que passa pela cabeça do chefe do Executivo. O bom conselho é que reflita antes de tomar qualquer decisão. O leite derramado não retorna para o vasilhame.
Com efeito, se Augusto Castro dissesse na campanha que a primeira-dama seria candidata ao Parlamento estadual, não teria a votação expressiva que obteve nas urnas, colocando uma frente de mais de 35 mil sufrágios sobre o segundo colocado. Uma parcela significativa do eleitorado não aceita o chamado "projeto familiar".
No mais, dizer ao prefeito que tenha cuidado, muito cuidado com os puxa-sacos, os bajuladores de plantão. O protagonista da quebra do tabu da reeleição está cercado por esse tipo de gente.
COLUNA WENSE, 15.10.2024.
Marco Wense - Itabunense, Advogado e Articulista de Política. Assina a Coluna Wense, publicada diariamente em vários sites e blog da Bahia.
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