A educação está relegada a um segundo plano. Se estivesse vivo, Leonel de Moura Brizola estaria indignado com os governantes de plantão. O retado gaúcho dizia que a educação é a prioridade das prioridades, o único caminho para emancipar o homem.
A chamada esquerda e a rotulada direita, quando se trata de educação, caminham lado a lado, de mãos dadas.
O governo do estado de São Paulo, sob o comando do presidenciável Tarcísio de Freitas (Republicanos), está leiloando as escolas, o que significa o primeiro passo para a privatização. A educação sendo comercializada na base de quem bater o martelo primeiro. Uma inominável vergonha.
O governo federal, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), querendo cortar "gastos" com a educação com o argumento de que é preciso cumprir o tal do arcabouço fiscal. A dinheirama das emendas parlamentares, milhões e milhões de reais, continua intacta. E o pior é que ninguém sabe onde o dinheiro público está sendo gasto. O silêncio é ensurdecedor.
No parágrafo acima a palavra "gastos" está aspeadas. E aí lembro novamente do saudoso e inesquecível Leonel de Moura Brizola, que não cansava de dizer que "educação não é gasto, é investimento".
Que tristeza! A educação sendo jogada na sarjeta. Enquanto isso, em nome da tal da governabilidade, mais e mais dinheiro público para os políticos, o toma lá, dá cá.
País que não leva a sério a educação está fadado ao fracasso. Sempre ocupará a primeira fila do atraso.
Concluo lembrando ao caro e atento leitor, que a Lei Maior, a nossa Carta Magna, batizada pelo também saudoso Ulysses Guimarães de Constituição Cidadã, preceitua que a educação é um direito fundamental do povo brasileiro.
É uma profunda tristeza ver os políticos, deixando de fora as raríssimas e honrosas exceções, tratando a educação com desdém.
COLUNA WENSE, TERÇA-FEIRA, 05.11.2024.
Marco Wense - Itabunense, Advogado e Articulista de Política. Assina a Coluna Wense, publicada diariamente em vários sites e blog da Bahia.
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