No dia 5 de novembro, Dia do Escrivão de Polícia, a Polícia Civil da Bahia homenageou os mais de 800 escrivães que desempenham um papel essencial nas investigações. Esses profissionais garantem a coleta, a organização e a precisão das informações que sustentam os processos policiais, sendo peças fundamentais para a promoção da justiça.
A figura do escrivão de polícia possui raízes históricas profundas no Brasil, evoluindo ao longo do tempo para atender às complexidades do trabalho policial moderno. Com origens que remontam à organização das primeiras forças de segurança, o cargo desempenha um papel indispensável, sustentando a documentação e a formalização dos procedimentos legais.
O Surgimento do Cargo e sua Importância Histórica
O cargo de escrivão foi formalizado com a criação das primeiras polícias brasileiras, em especial com a organização da Polícia Civil. Inspirado nas estruturas europeias, especialmente na França, o cargo tornou-se crucial para a documentação fiel dos processos legais, garantindo a integridade dos registros e dos depoimentos. Desde o período colonial, o “escrivão” era o responsável por documentar atos e depoimentos em processos judiciais e administrativos, sendo essencial para assegurar a autenticidade e a precisão das informações.
Com a criação da Intendência Geral de Polícia da Corte e do Estado do Brasil por D. João VI, em 1808, e a consolidação da Polícia Civil com a Constituição de 1934, que garantiu maior autonomia aos estados na organização de suas forças policiais, a função do escrivão foi se tornando cada vez mais central. Esse profissional passou a ser um elo vital entre as investigações e o sistema judiciário, consolidando-se como guardião da transparência e confiabilidade dos processos.
A atuação do Escrivão Luciano Müller de Almeida
Um exemplo de dedicação e excelência no cargo é o escrivão Luciano Müller de Almeida, que atua na Polícia Civil da Bahia há 15 anos. Sua trajetória evidencia o comprometimento e a responsabilidade exigidos para a função, destacando a importância do escrivão na garantia da veracidade dos registros e na gestão precisa dos processos. O trabalho de Müller reflete a missão dos escrivães de assegurar que cada etapa investigativa seja cumprida com rigor, evidenciando seu papel essencial no fortalecimento da confiança nas instituições policiais.
Depoimento de Luciano Muller
Os escrivães de polícia são guardiões do rigor processual e da integridade das investigações, promovendo a justiça e fortalecendo a confiança da sociedade nas instituições policiais. A Polícia Civil da Bahia, ao reconhecer esses mais de 800 profissionais, incluindo os aposentados que dedicaram suas carreiras à instituição, destaca a relevância desse trabalho. Esses escrivães são peças-chave no sucesso das operações policiais e na construção de um sistema de segurança mais justo e eficiente.