ARTICULISTAS “DOLCE FAR NIENTE”
6x1: A Folga que Faltava para Viver Melhor
Já pensou? Com uma folguinha extra, até aquele passeio à beira-rio ou um almoço em família voltam ao cardápio de opções.
16/11/2024 20h18 Atualizada há 9 horas
Por: Carlos Nascimento Fonte: Lisdeili Nobre

Imagine uma manhã ensolarada, aquela brisa leve soprando no rosto e, ao invés do zumbido dos despertadores ou da correria habitual, uma tranquilidade: você sabe que não terá que enfrentar o sexto dia consecutivo de trabalho. É isso mesmo, o fim da escala 6x1 está no ar! Um novo ciclo para o trabalhador se anuncia, cheio de esperança, de descanso e de um gostinho de liberdade.

Parece um sonho, mas é só bom senso. Pense comigo: quantas vezes, na sexta-feira, você não olha para o relógio e pensa: "Tudo o que eu queria era um dia a mais pra descansar, um pouquinho de paz e sossego"? O fim da escala 6x1 é isso: um suspiro de alívio, um aceno à dignidade. Já pensou? Com uma folguinha extra, até aquele passeio à beira-rio ou um almoço em família voltam ao cardápio de opções.

Até o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, entrou na conversa. Ele disse que a redução da jornada deve ser tratada em convenções e acordos coletivos, e que a redução para 40 horas semanais é saudável e possível. Certo, nada de mágica governamental aqui, mas, entre uma conversa e outra, vamos avançando. E não foi só o ministro! O vice-presidente Alckmin também soltou uma: “Com a tecnologia, dá para fazer mais com menos, reduzir a jornada é uma tendência.” Ora, se até o vice concorda, já estamos no caminho certo, não?

E o que ganhamos? Além da sanidade mental, da disposição e do fim da exaustão, ganhamos saúde. Sim, menos pressão, menos doenças psicossomáticas, menos burnout. Chega de somatizar tudo! O ócio é tão direito quanto o trabalho; é o que permite ao corpo e à mente se refazerem, traz aquela motivação escondida, o sorriso no rosto.

Além disso, quem não quer um tempo extra para fazer o que quiser? Ir à praça, praticar um esporte, curtir a família ou, simplesmente, não fazer nada. Sim, o famoso “dolce far niente”, ou, como a gente chama, aquele direito ao “não tô a fim”. É um investimento em qualidade de vida, em trabalhadores mais felizes e, claro, em produtividade também. Acredite, até a empresa sai ganhando!

Estamos em um momento único de mudança. A sociedade já começou a discutir. E quem sabe, daqui a pouco, não estamos todos brindando a um futuro de jornadas mais curtas e vidas mais leves? Afinal, se o objetivo é viver e não só sobreviver, então que seja com descanso, com sorriso e com aquele tempinho a mais para aproveitar tudo de bom que a vida tem a oferecer.

Lisdeili Nobre é: Doutoranda em Políticas Sociais e Cidadania, Delegada de Polícia Civil, Docente do Curso de Direito na Rede UNEX, Cronista de diversos Blogs, Abolicionista Penal, Feminista e Ativista social, Membro da Academia Grapiúna de Artes de Letras, ocupando a cadeira n.º 07 e apresentadora do Política sem Mistério transmitido pela TV i.

@lisdeili.nobre

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