Conhecido por sua atuação ativa nos eventos oficiais do governo da Bahia, especialmente em temas relacionados à segurança pública, o vice-governador Geraldo Júnior (MDB) era uma figura constante nos palcos políticos do estado. No entanto, desde sua derrota nas eleições para prefeito de Salvador, onde terminou em um distante terceiro lugar, o político parece ter desaparecido dos holofotes.
Apadrinhado político de Geddel Vieira Lima, Geraldo Júnior tinha grandes expectativas para sua candidatura, apoiada pela coligação entre o MDB e o PT. No entanto, o fraco desempenho nas urnas, aliado à rejeição de parte dos eleitores do PT a essa aliança, resultou em uma derrota acachapante que abalou sua carreira política. Kleber Rosa (PSOL), o segundo colocado, foi uma surpresa na disputa, superando Geraldo Júnior em uma campanha que demonstrou insatisfação popular com o modelo político tradicional.
Desde o resultado eleitoral, o vice-governador, que antes era presença constante em discussões estratégicas sobre segurança e em inaugurações de obras, parece ter adotado uma postura mais discreta, levantando especulações sobre um "recuo estratégico" ou mesmo uma crise de identidade política após o revés eleitoral. Sua ausência contrasta com o período pré-eleitoral, quando ocupava o centro das atenções em diversos eventos públicos e se posicionava com frequência em debates cruciais.
O "sumiço" de Geraldo Júnior após sua derrota nas eleições é um reflexo das consequências de uma campanha marcada por alianças impopulares e estratégias mal executadas. Para além das urnas, o impacto político foi significativo, afastando-o dos holofotes e gerando dúvidas sobre seu futuro político. Resta saber se o vice-governador planeja uma retomada mais consistente, reconectando-se com sua base e buscando novos caminhos, ou se continuará no silêncio, permitindo que sua carreira entre em declínio definitivo. O tempo dirá se Geraldo Júnior conseguirá reverter a percepção pública e se reinventar politicamente.