Infelizmente, após diversas tentativas, observando e buscando com a maior de todas as possibilidades, cheguei a triste conclusão que a categoria dos investigadores e escrivães da polícia civil da Bahia, estão todos fadados ao extermínio.
Os fatos por si só corroboram para esta assertiva, o abandono institucional exercido sem dó, nem piedade contra a categoria, é um dos fatores que sem dúvidas, destrói e reduz o quadro. A falta de estímulo por conta dos baixos salários, aliados à falta de perspectivas funcionais, onde o crescimento na instituição é algo imprevisto e portanto impossível, faz com que estes profissionais tornem-se uns natimortos.
O reflexo desta desvalorização, bem como o abandono dos servidores, por parte de seus representantes sindicais, os quais estão bem alinhados às ideologias político/partidárias do governo, é sem dúvidas, mais uma "pedra no sapato", dos IPCs e EPCs, que sonham por tempos melhores e vivem acordados no pesadelo das dívidas, do stress, da total falta de respeito e valorização.
Nas ruas a sociedade pode perceber nos altos índices de criminalidade, assim como na inexpressiva dissolução dos crimes, onde apenas 15% se chega a autoria, ou seja, temos 85% de indivíduos que vivem impunemente no estado da Bahia, após cometer algum tipo de ato delitivo penal. Parece que no nosso estado, o crime compensa.
Enquanto houver na segurança pública, cargos de direção sendo ofertados por padrinhos políticos, ou ocupados por pessoas alinhadas ideologicamente com o governo, e não priorizarmos a meritocracia e a independência de atuação dos policiais, seja ele civil ou militar, teremos comandantes geral da PM fazendo um "L", e delegado(a) geral indo para eventos políticos, usando a indumentária da polícia, passando a imagem de apoio ao governo, o que é sem dúvidas, lamentável.
Não temos mais a quem recorrer, a luta está perdida, a luz que pensávamos que encontraríamos no fim do túnel, já apagou faz tempo, o recado de "o último a sair apague a luz", já não se encontra mais na parede, pois sequer, temos mais luz.
Bel Luiz Carlos Ferreira de Souza - Brasileiro, baiano, casado, 61 anos, servidor público aposentado pelo estado da Bahia, atualmente reside no estado do Rio Grande do Sul, com formação técnica em redator auxiliar, acadêmico em História, Direito, pós-graduado em Ciências Criminais, política e estratégia e mestrando em políticas públicas.
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