Gostaria de registrar meus parabéns pela matéria "Liderança: tudo sobre, tipos, importância e principais dúvidas!", publicada no site PONTOTEL, que aborda de forma esclarecedora, a diferença entre líderes e chefes.
Como profissional da segurança pública – policial judiciário estadual da PCBA – e também por minha formação acadêmica em administração, com especialização em gestão pública governamental com ênfase em municípios, sinto-me compelido a discordar veementemente do uso que muitos profissionais da comunicação – jornalistas, repórteres e radialistas – fazem ao denominar integrantes de quadrilhas e facções criminosas como líderes.
Esse termo deveria ser reservado para pessoas que, por mérito e caráter, exercem influência positiva. O uso correto seria algo mais técnico, como chefe.
É comum encontrarmos, em matérias policiais, expressões como: "líder da facção A é eliminado por ordem do líder da facção B". Pergunto: são líderes ou chefes? Esse uso inadequado do termo confunde a sociedade e desvaloriza o verdadeiro conceito de liderança, que é conquistada por ações positivas e pelo exemplo, não pela imposição ou medo.
Por isso, faço questão de destacar a relevância e a didática deste texto. Ele tem o potencial de "invadir" territórios dominados por chefes de redação e inspirar uma reflexão mais aprofundada sobre a responsabilidade dos comunicadores ao escolherem suas palavras. Afinal, é essencial que respeitemos o peso histórico e moral do termo líder, associado a grandes personalidades e a cidadãos de boa fé, formados pelo exemplo e pela educação.
Liderança não se impõe; conquista-se com ações que moldam caráteres e inspiram seguidores. Que este texto sirva como lição e como guia para uma nova abordagem comunicativa, mais justa e honesta, tanto no âmbito público quanto privado. Que ele seja uma peça de cabeceira para aqueles que desejam resgatar os valores ensinados por grandes mestres do passado, onde até a simplicidade da língua escrita continha profundidade e precisão.
Mais uma vez, parabéns aos autores da matéria, que nos trazem a oportunidade de refletir e avançar em direção a uma comunicação mais ética e consciente.
O uso apropriado de termos na comunicação é uma responsabilidade de quem escreve e informa. Classificar criminosos como líderes banaliza um conceito nobre e ofende o legado de grandes personalidades que moldaram a sociedade com suas ações positivas. Que a imprensa adote o rigor necessário para distinguir entre chefes e líderes, resgatando a essência de palavras que carregam tanto significado.
A comunicação não deve apenas informar; deve também educar e inspirar.