Quem acompanha a Coluna Wense sabe que sempre tratei a pretensa candidatura de Augusto Castro à presidência da União dos Municípios da Bahia (UPB) com desconfiança e ceticismo.
O reeleito prefeito de Itabuna pelo PSD se empolgou com a excelente votação no pleito sucessório, colocando uma frente de mais de 35 mil sufrágios em relação ao segundo colocado, o deputado estadual Fabrício Pancadinha (Solidariedade). O placar foi de 65.329 versus 29.629 votos.
Essa empolgação, assentada no bom desempenho eleitoral, surpreendendo o próprio Augusto, que apostava em uma diferença para Pancadinha não acima de 25 mil votos, oxigenou o legítimo e democrático desejo de presidir a UPB.
O chefe do Executivo alegou, como justificativa para sua desistência, muito trabalho. "Estou declinando da candidatura à presidência da UPB. Tenho muitas coisas na gestão de Itabuna para resolver", declarou o alcaide.
O que realmente fez Augusto abrir mão da disputa, depois de uma oportuna e tempestiva reflexão, foi o fato de vários prefeitos terem desistido de apoiá-lo em decorrência da pré-candidatura da primeira-dama Andrea Castro ao Parlamento estadual. Muitos achavam que não seria conveniente para a UPB ter um presidente com a esposa disputando uma vaga na Assembleia Legislativa.
A turma que faz oposição a maior autoridade do município, que quebrou a "virgindade" do segundo mandato consecutivo pelo instituto da reeleição, começa a dizer que Augusto já pensa em não levar adiante à pré-candidatura da primeira-dama.
O melhor conselho para o prefeito de Itabuna é cuidar da cidade. O ano de 2025 é de gestão. O disse-me-disse, oba-oba, a picuinha e o leva-e-traz da política devem ficar para 2026.
Augusto tomou a decisão certa dando um chega pra lá nos defensores da sua candidatura. Alguns até por convicção. A maioria para agradar o chefe. Os puxa-sacos de plantão não dormem no ponto.
Agora é torcer para que o prefeito Augusto Castro faça um segundo governo digno do itabunense, que tenha juízo e consciência da sua responsabilidade.
Quanto ao oposicionismo, que faça uma oposição dura, principalmente na fiscalização do dinheiro público, sem se enveredar pelo caminho da nefasta e leviana política do "quanto pior, melhor".
COLUNA WENSE, DOMINGO, 22.12.2024.
Marco Wense - Itabunense, Advogado e Articulista de Política. Assina a Coluna Wense, publicada diariamente em vários sites e blog da Bahia.
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