A história de Carlos Alberto Souza é um reflexo das lutas enfrentadas por muitos trabalhadores aposentados que, após uma vida de dedicação ao serviço público, veem seus direitos serem negligenciados. Carlos entrou na Guarda Civil em 1969, fazendo parte do primeiro concurso público da Polícia Civil da Bahia. Um ano após sua entrada, a Guarda Civil foi extinta, e ele passou a exercer a função de Investigador de Polícia. Ao longo de sua trajetória, alcançou o posto de Comissário de Polícia Nível Seis, mas, com a reestruturação dos cargos, retornou ao cargo de Investigador de Polícia, Classe 1.
Hoje, aposentado desde 2000, Carlos enfrenta uma situação que ele considera inaceitável: um salário de R$ 1.615,27. Este valor, segundo ele, é desproporcional aos anos de dedicação à Polícia Civil e às contribuições feitas à sociedade. “É inaceitável que, após tantos anos de serviço, eu esteja recebendo um valor tão baixo, o que considero uma injustiça e um erro gritante (um crime financeiro) que está sendo cometido contra mim”, desabafou.
Mais do que um profissional dedicado à segurança pública, Carlos também fez história no esporte. Ele atuou como jogador de futebol profissional no Botafogo por cinco anos, sendo convocado duas vezes para a Seleção Brasileira de Juniores. Além disso, representou a Polícia Civil no Primeiro Campeonato Brasileiro das Polícias Civis, realizado em Fortaleza, Ceará. Sua trajetória é marcada por esforço e dedicação, sempre defendendo a Instituição Policial com respeito e dignidade.
Contudo, ao longo de sua mensagem, fica evidente a indignação com o tratamento dispensado aos trabalhadores inativos. Ele ressalta que, ao contrário dos ativos, aposentados têm menos poder de reivindicação, o que agrava ainda mais a situação de desrespeito aos seus direitos. Carlos também apela à solidariedade de seus colegas e à sociedade, pedindo que sua situação seja amplamente divulgada à imprensa e às autoridades competentes.
O caso de Carlos Alberto Souza é mais do que uma questão salarial; é um chamado para a reflexão sobre como tratamos aqueles que dedicaram suas vidas ao serviço público. Sua luta não é apenas individual, mas representa a voz de muitos aposentados que enfrentam situações semelhantes. Garantir condições dignas aos aposentados é uma demonstração de respeito à história e à contribuição desses profissionais. A sociedade e as autoridades devem agir para corrigir essas injustiças e assegurar que direitos adquiridos não sejam negligenciados. Como Carlos enfatiza, “respeitar os trabalhadores inativos é uma questão de justiça e dignidade”.
Abaixo íntegra da mensagem de Carlos Alberto Souza
“Meus grandes e sinceros amigos e colegas, através desta mensagem, venho compartilhar uma situação crítica que estou enfrentando em relação aos meus proventos. Entrei na Guarda Civil em 1969, sendo parte do primeiro concurso público da Polícia Civil da Bahia. Após um ano, a Guarda Civil foi extinta e, consequentemente, fui transferido para a função de Investigador de Polícia. Ao longo da minha carreira, alcancei o posto de Comissário de Polícia Nível Seis (06) e, atualmente, após reestruturação dos cargos sou Investigador de Polícia, Classe 1.
No entanto, meu salário é de apenas R$ 1.615,27. É inaceitável que, após tantos anos de serviço, eu esteja recebendo um valor tão baixo, o que considero uma injustiça e um erro gritante (um crime financeiro) que está sendo cometido contra mim.
Sempre defendi Instituição policial com respeito e dignidade. Foram trinta e três anos de bons serviços prestados à Polícia Civil. Além disso, tive uma carreira no esporte, jogando profissionalmente por cinco anos no Botafogo e inclusive sendo convocado duas vezes para a Seleção Brasileira de Juniores, uma no Rio de Janeiro e outra em Recife. Também representei a Instituição Policial no Primeiro Campeonato Brasileiro das Polícias Civis, realizado em Fortaleza (Ceará). Durante todos esses anos, atuei com dedicação e respeito.
Peço a todos que tenham acesso a esta mensagem que a divulguem. Exijo e mereço a correção dos meus proventos. Não posso permanecer como Classe Um (01). É de fundamental importância que se respeitem os direitos dos trabalhadores em especial os inativos, pois diferentemente dos ativos não tem o mesmo poder de reivindicação.
Carlos Alberto de Souza
Cadastro: 020.055.951-4
Nomeado em fevereiro de 1969 - Aposentado em 2000
Telefone: (71) 98610-2295
Agradeço a todos os colegas e amigos que puderem ajudar. Por favor, se possível, envie esta mensagem para a imprensa, seja falada, escrita ou televisionada.
Obrigado.
Carlos Alberto de Souza”