Dois pontos podem impedir que Augusto Castro, reeleito prefeito de Itabuna pelo PSD, promova uma reforma administrativa assentada em critérios técnicos:
1) A pré-candidatura da primeira-dama Andrea Castro ao Parlamento estadual.
2) A coligação de treze partidos, incluindo aí o trio da federação Brasil da Esperança, formado pelo PT, PCdoB e PV.
De olho no apoio a Andrea Castro, que tem todo o direito e legitimidade para disputar uma vaga na Assembleia Legislativa, o chefe do Executivo não vai fazer uma mudança como deseja.
Coligação com muitas agremiações partidárias é bom para ganhar o pleito, deixar os adversários preocupados, mas horrível para governar. Se o prefeito não tiver pulso, termina dominado.
Augusto Castro, já na história política de Itabuna como o primeiro gestor a quebrar o tabu da reeleição, não pode se deixar levar por nenhum tipo de pressão.
O apadriamento político não pode interferir na reforma administrativa. Quem não trabalha tem que ser exonerado. É imprescindível um chega pra lá nos preguiçosos de plantão. Muitos sequer aparecem na prefeitura.
Costumo dizer que a política não costuma socorrer os que dormem. Não fazer o que precisa ser feito é o caminho mais curto para o enterro político.
A expectativa fica por conta de como Augusto Castro vai executar as necessárias mudanças sem criar problemas com os partidos e suas respectivas lideranças.
Como se não bastassem as exigências das legendas, tem os vereadores eleitos querendo colocar seus apoiadores na prefeitura e os reeleitos exigindo a permanência dos seus cabos eleitorais.
Concluo dizendo que a reforma administrava se faz fazendo. Se titubear, deixando para depois, as consequências políticas serão amargas.
COLUNA WENSE, DOMINGO, 29.12.2024.
Marco Wense - Itabunense, Advogado e Articulista de Política. Assina a Coluna Wense, publicada diariamente em vários sites e blog da Bahia.
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