"O governo precisa reunir mais forças políticas do centro em torno do presidente", declarou José Guimarães (PT-AL), líder do governo Lula 3 na Câmara dos Deputados.
E aí cabe a seguinte indagação: mais ainda, já não bastam as lideranças do União Brasil, Republicanos, PP, MDB e PSD fazendo parte da Esplanada dos Ministérios ?
Lembrando ao caro e atento leitor que o PSDB está rachado. Uma parte querendo usufruir das benesses do poder, a outra continuar na oposição.
Será que Guimarães, com essa declaração, está fazendo um convite ao Novo ? Salta aos olhos que o parlamentar não pensa no PL, abrigo partidário do ex-presidente Bolsonaro. Seria muita petulância.
E por falar no PT, o partido já deixou há muito tempo de ser de "esquerda". Hoje, pode ser enquadrado como de centro, pendendo cada vez mais para a direita.
O guru do PT, o ex-ministro José Dirceu, disse, em um seminário promovido pela Esfera Brasil, salvo engano no mês de abril do ano passado, que o programa do governo do PT "não é de esquerda".
Já não se faz mais PT como antigamente. E nem qualquer outra legenda identificada com o campo ideológico da esquerda. Ouso até a dizer que progressista.
Em nome da chamada governabilidade, que costumo dizer que é amiga íntima do toma-lá-dá-cá e prima carnal da impunidade, a política ficou nivelada por baixo.
E o pior é que os homens de bem, embutidos de boas intenções, que têm espírito público, estão se afastando da política como o diabo da cruz.
Pelo andar da carruagem, só vão restar, salvo algumas honrosas exceções, infelizmente poucas, os que querem fazer do processo político um instrumento para o enriquecimento mamando nas tetas dos cofres públicos.
COLUNA WENSE, DOMINGO, 05.01.2025.
Marco Wense - Itabunense, Advogado e Articulista de Política. Assina a Coluna Wense, publicada diariamente em vários sites e blog da Bahia.
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