ARTICULISTAS “COMPENSAÇÕES”
MDB E A MAJORITÁRIA:
“O MDB sabe o seu tamanho e o seu espaço”, declarou o emedebista e vice-governador Geraldo Júnior ao ser questionado sobre o desejo do senador Jaques Wagner de compor uma majoritária puro-sangue petista na eleição de 2026.
16/01/2025 17h01
Por: Carlos Nascimento Fonte: COLUNA WENSE, QUINTA-FEIRA, 16.01.2025.

"O MDB sabe o seu tamanho e o seu espaço", declarou o emedebista e vice-governador Geraldo Júnior ao ser questionado sobre o desejo do senador Jaques Wagner de compor uma majoritária puro-sangue petista na eleição de 2026, com ele e o governador Jerônimo Rodrigues buscando à reeleição e o ministro Rui Costa o primeiro mandato como senador. 

O PSD seria convidado a indicar o vice do chefe do Palácio de Ondina. O nome para amenizar a insatisfação do também senador Angelo Coronel (PSD) seria o do seu filho, deputado estadual Angelo Coronel Filho (PSD). O pai sairia candidato à Câmara Federal. O MDB dos irmãos Vieira Lima, Lúcio e Geddel, ficaria fora da chapa. 

A primeira decisão que o emedebismo tem que tomar para manter alguma esperança de indicar o vice, é dizer que Geraldo Júnior não pretende mais integrar a majoritária. O então candidato a prefeito de Salvador teve um fraco e decepcionante desempenho na sucessão soteropolitana, ficando atrás de Kleber Rosa, postulante do PSOL ao cobiçado comando do Palácio Thomé de Souza. 

Insistir no nome de Geraldo Júnior para ser novamente vice só faz oxigenar o desejo de Wagner de compor uma chapa puro-sangue. O problema é que o MDB não tem um nome com viabilidade eleitoral para substituir Geraldo Júnior. 

A força do MDB está assentada no bom tempo que tem no horário político. Em termos de prefeituras, o Avante do empresário Ronaldo Carletto, dirigente-mor da sigla, supera a legenda dos irmãos Vieira Lima, que tem Lúcio como presidente de honra.

O MDB ficou na quinta colocação na sucessão de 2024, elegendo 32 prefeitos, atrás do PSD, Avante, PT e PP, respectivamente com 115, 60, 50 e 41. 

Concluo dizendo que a situação do MDB na composição da majoritária é muito complicada. Vai terminar, depois de uma imprescindível reflexão, aceitando outras compensações por ter ficado de fora da majoritária.

Enfrentar um governador e dois ex-governadores, sendo um senador e o outro ministro da Casa Civil, é como dar murro em ponta de faca.

Na política, saber recuar na hora certa é pura sabedoria.
COLUNA WENSE, QUINTA-FEIRA, 16.01.2025. 

Marco Wense - Itabunense, Advogado e Articulista de Política. Assina a Coluna Wense, publicada diariamente em vários sites e blog da Bahia.

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