Este momento político, social que os brasileiros estão vivendo, onde um grupo tenta a todo o custo ser o detentor da verdade, e em consequência criou-se o sentimento de julgamento em cada um de nós, e muitas vezes o senso crítico, deu lugar ao tribunal singular, onde as pessoas passaram a emitir juízo de valor, sem o menor domínio de conhecimento em inúmeras materias.
Vemos opiniões a respeito de economia dada por açougueiro, justiça sendo avaliada por doméstica, criando-se por conseguinte, uma total inversão de valores, já que todos se sentem preparados para opinar.
O descrédito das instituições, principalmente do judiciário, com decisões que assolam o princípio da razoabilidade, além dos conceitos amplamente divulgados pela mídia, que macificamente e intensamente tentam desconstruir padrões éticos e morais, como se fosse tudo relativamente natural e permissível.
A razão nunca, jamais deixará de ser razão, e o certo jamais poderá ser o errado, os conceitos não são estabelecidos subjetivamente, mas seguem um padrão ético, moral e cultural, que atravessa séculos para serem construídos, podemos assim entender, que os conceitos, por exemplo, do que era um ladrão há quinhentos anos atrás podem ter sido até mudado, mas ladrão é ladrão, e o indivíduo que por opção se veste de mulher, e ou tem trejeitos de mulher, é homossexual, pode até hoje ser chamado de mulher trans, gays, transgênicos, etc, porém o que o caracteriza é a mesma característica que o identificava há anos atrás.
Atualmente tudo é passivo de judicialização, onde uma parte tenta a todo o custo que o seu oponente aceite o seu conceito, ao invés de que respeite o seu ponto de vista, e assim construa uma sociedade onde as adversidades sejam respeitadas, compreendidas, toleradas.
Há sim um meio termo, há sim um consenso, é cada um respeitar o espaço do outro, é cada um poder livremente expressar suas crenças, opiniões, sem ofender ou ferir o próximo, quem é flamengo não será convencido a ser fluminense, nem quem é Bahia vai ser convencido a ser Vitória, basta cada um torcer para o seu time, sem agredir o outro torcedor, ampliando este pensamento para a política e para as demais dicotomias da vida.
Bel Luiz Carlos Ferreira de Souza - Brasileiro, baiano, casado, 61 anos, servidor público aposentado pelo estado da Bahia, atualmente reside no estado do Rio Grande do Sul, com formação técnica em redator auxiliar, acadêmico em História, Direito, pós-graduado em Ciências Criminais, política e estratégia e mestrando em políticas públicas.
Contato: lcfsferreira@gmail.com
facebook.com/LcfsFerreira
Coluna Luiz Carlos Ferreira/PÁGINA DE POLÍCIA, acesse e acompanhe suas últimas publicações: