A campanha ‘Janeiro Branco’ tem o intuito de reforçar a conscientização e despertar nas pessoas a importância do cuidado com a saúde mental. Neste sentido, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) faz um alerta sobre algo importante nos tempos atuais: o uso excessivo de telas, seja para crianças, adolescentes ou adultos, a fim de promover o autocuidado mental da população. O excesso de informações, múltiplas conexões e tempo gasto nos dispositivos e ambientes digitais tem causado aumento dos transtornos mentais.
A hiperconectividade pode provocar impactos significativos na saúde mental como a sobrecarga de informações, dificuldade em desconectar, ansiedade para responder rapidamente mensagens e notificações, e aumento na comparação social devido ao uso de redes sociais. Esse impacto pode trazer prejuízos à população no dia a dia.
“A qualidade do sono, redução do tempo dedicado a interações presenciais e significativas podem ocasionar sentimentos de isolamento ou inadequação. Isso contribui para o desenvolvimento de problemas na saúde mental, como ansiedade, depressão, insônia e transtornos relacionados ao vício digital”, salientou a psicóloga Albertina Menezes.
O uso prolongado de redes sociais pode amplificar sentimentos de inadequação e baixa autoestima, principalmente pela constante exposição a padrões irreais de vida. Além disso, a dependência de tecnologia também pode ser prejudicial nas habilidades sociais, criando um ciclo de procrastinação e gerando dificuldade em lidar com o ócio, o que afeta negativamente a saúde mental.
Medidas essenciais
Diante deste cenário, é essencial promover o uso consciente das tecnologias. Algumas medidas importantes são: estabelecer limites no tempo de uso dos dispositivos eletrônicos, principalmente antes de dormir; criar momentos de desconexão como períodos do dia sem acesso a celulares ou redes sociais; e incentivar atividades offline, com exercícios físicos, leituras ou momentos de família ou com amigos.
“Quando necessário, também é fundamental buscar ajuda profissional para identificar e cuidar desses sintomas relacionados às consequências dessa hiperconectividade”, orientou Albertina Menezes.