Passando os olhos como de hábito pelas páginas de A Tarde, me deparei com uma convocação de um fulano de que não lembro o nome, mas não parece que teria nenhuma vantagem em lembrar.
Certo é que me convoca enquanto leitor a responder as suas fúteis palavras.
A futilidade no entanto não leva à falta de resposta porque o texto vem num jornal prestigioso, o que pode atrair número significativo de leituras.
Fato é que dá para se jogar lama a esmo na moral alheia, ainda que isso signifique crime., além naturalmente de evidenciar que o agressor não merece qualquer respeito.
Mais estarrecedor é quando alguém tem o atrevimento de questionar a honestidade de quem teve o especial privilégio de ter a vida pessoal inteiramente vasculhada por diversas instituições voltadas para investigações de toda ordem.
O presidente Lula foi vítima de terrível campanha que tinha como objetivo a destruição de seu patrimônio moral.
A campanha teve intensivo apoio da mídia, com muitas centenas de capas de revistas e manchetes de primeiras páginas de jornais, milhares de minutos de matérias de rádio e televisão. Nem uma só exceção se viu a pôr em dúvida os ataques.
Indispensável lembrar que sucederam-se centenas de dias de prisão e o impedimento de uma candidatura em eleição à Presidência da República.
E no final? Absolutamente nada. Nada comprovado contra ele. Nem mesmo em órgãos de investigação de outros países.
Levado o caso à mais alta Corte do País, só restou de concreto a suspeição do juiz que tomou a si a luta contra a moral de Lula.
A única compensação por tudo que Lula sofreu veio pelas mãos soberanas do povo: um novo mandato como presidente.
Ah! No final, um fulano usa espaço em um dos mais respeitados jornais do País para insistir naquela lamentável cantilena.
Pobre coitado! Enojado pela leitura, não me contive e resolvi responder.
Fernando Tolentino
Jornalista e administrador público. Baiano e hoje residente em Brasília.
E-mail: tolentino.vieira@gmail.com
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