O avanço da tecnologia tem transformado não apenas a vida cotidiana, mas também a forma como o crime é praticado e combatido. Ciente dessa realidade, o Investigador de Polícia Civil Felipe Suzart, de 36 anos, lotado na DELTUR/DEIC, lançou um quadro sobre Investigação Digital em parceria com o Sindicato dos Policiais Civis do Estado da Bahia, o SINDPOC.
Autor dos livros:
"AINDA QUE MEU PAI E MINHA MÃE ME ABANDONEM" livro que exerce uma função de controle social informal, e do livro “INCONSCIENTE CIBERNÉTICO E PREVENÇÃO CRIMINAL: Notas Introdutórias” livro ligado ao controle social formal penal, Suzart propõe uma modernização das práticas investigativas, destacando o uso de ferramentas digitais como uma poderosa aliada na resolução de crimes.
A iniciativa explora temas como o uso de OSINT (Open Source Intelligence), ferramentas digitais aplicadas ao combate ao crime e a necessidade de adaptação da Polícia Judiciária às novas dinâmicas sociais. Com uma visão inovadora e experiência acadêmica e prática, o investigador busca conscientizar colegas de profissão e a sociedade sobre a importância de modernizar as investigações criminais.
Em entrevista ao Página de Polícia e o Site o Servidor, Felipe Suzart compartilhou suas ideias sobre o projeto, sua trajetória profissional e os desafios de implementar a transformação digital nas práticas investigativas.
ENTREVISTA:
PÁGINA DE POLÍCIA: O que motivou a criação deste quadro sobre Investigação Digital em parceria com o Sindicato?
Felipe Suzart: Foi um convite feito pelo Presidente do SINDPOC, Eustácio Lopes, o qual aceitei com honra.
PP: Como o conceito de OSINT pode ser aplicado à investigação policial?
Felipe Suzart: É um tema amplamente difundido pelas pelas instituições pública de mais alta credibilidade, inclusive, pelo mundo corporativo. É uma realidade que a segurança pública não pode mais ignorar.
PP: O senhor utiliza a analogia entre marketing digital e investigações modernas. Poderia explicar essa relação?
Felipe Suzart: A utilização do BIG DATA permite uma análise em cima de um volume de dados infinitamente maior que os métodos tradicionais, o que reflete do grau da proficiência das informações.
PP: Quais os principais desafios enfrentados para modernizar as práticas da Polícia Judiciária?
Felipe Suzart: Conscientização da missão atual da Polícia Judiciária frente aos desafios de uma sociedade 4.0.
PP: Como a Polícia Civil da Bahia tem contribuído para a divulgação e implementação do seu trabalho?
Felipe Suzart: Nunca tive nenhum impedimento na divulgação dos meus livros, seja pela instituição, seja pelo Estado Democrático de Direito.
PP: Poderia nos contar um pouco sobre sua trajetória profissional e o que o levou a se especializar na área cibernética?
Felipe Suzart: Advoguei 10 anos, inclusive com o Direito Digital. Fui conciliador do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia por 4 anos o que apurou a minha análise do comportamento humano e o quanto esse conhecimento ajuda na solução de problemas. Foi consultor de Análise de Dados em Mídias Pagas, em uma franquia de 600 empresas e estando responsável pelo setor de Marketing Digital na Bahia, com um trabalho de 10 meses e uma equipe engajada, levamos a Bahia que estava nas últimas posições, para o primeiro lugar em vendas no Brasil. Ter abraçado com firmeza as oportunidades que surgiram no caminho me trouxe até aqui.
PP: O que o inspirou a escrever "AINDA QUE MEU PAI E MINHA MÃE ME ABANDONEM e o livro “INCONSCIENTE CIBERNÉTICO E PREVENÇÃO CRIMINAL: Notas Introdutórias”? Fale um pouco sobre o que versam esses livros.
Felipe Suzart: Contribuir para uma sociedade mais desenvolvida. Primeiro livro que exerce uma função de controle social informal e o segundo contribui com o controle social formal penal exercido pelo Estado.
PP: Essas obras podem ser adquiridas onde?
Felipe Suzart: Através do link no perfil do meu instagram, @felipesuzart1
PP: Como é possível equilibrar a carreira policial com a vida acadêmica?
Felipe Suzart: Basta querer e pagar o preço.
PP: Quais resultados práticos o senhor espera alcançar com esse quadro sobre Investigação Digital e como ele se desenvolverá?
Felipe Suzart:
"Vivo um dia por vez, e a minha expectativa é dar o meu melhor, o resultado pertence a todos."
PP: No momento está escrevendo um novo livro?
Felipe Suzart: Sim, envolvendo o tema cadeia de custódia.
PP: Finalizando gostaríamos de agradecer a você por disponibilizar esse tempo para nos atender. Que mensagem gostaria de deixar para os leitores do Página de Polícia, O Servidor e seus colegas sobre a importância da modernização nas práticas investigativas nas instituições policiais?
Felipe Suzart: E evolução é a única constante e não tem fim, é necessário adotar uma postura de aprender a gostar de aprender e mais que isso aplicar. Só assim poderemos corresponder às velozes mudanças sociais.
A entrevista com o investigador Felipe Suzart evidencia a urgência de modernizar as práticas da Polícia Judiciária no Brasil. Em um mundo cada vez mais conectado, o uso de ferramentas digitais e métodos inovadores, como o OSINT, não é apenas uma possibilidade, mas uma necessidade para enfrentar o crime de forma eficaz e estratégica.
A iniciativa de Suzart, em parceria com o Sindicato dos Policiais do Estado da Bahia - SINDPOC, reflete um compromisso com a evolução da investigação criminal, promovendo a integração entre tecnologia e segurança pública. Além disso, sua trajetória acadêmica e funcional mostra que é possível aliar prática e teoria para alcançar soluções concretas no combate à criminalidade.
O quadro sobre Investigação Digital promete ser uma valiosa contribuição, não apenas para os profissionais da área, mas também para a sociedade em geral, ao reforçar que a adaptação às novas dinâmicas do mundo digital é essencial para proteger os cidadãos e garantir a justiça.
O Página de Polícia e o Servidor seguirá acompanhando e apoiando iniciativas como essa, que demonstram o potencial transformador da inovação em Segurança Pública.