CATEGORIA POLICIAL EXTRA CARNAVAL
Baixos valores a serem pagos aos Profissionais de Segurança Pública no Carnaval 2025 refletem desvalorização crônica da categoria
Acordo entre governo e entidades da PC não resolve questão salarial, projeto de reajuste ainda não foi enviado à ALBA, deixando Policiais Civis sem perspectivas, enquanto na PM só a lei do silêncio.
02/02/2025 01h58 Atualizada há 5 horas
Por: Carlos Nascimento Fonte: Redação

A tabela divulgada pela Secretaria da Segurança Pública com os valores a serem pagos aos profissionais de Segurança Pública que trabalharão em escalas extras durante o Carnaval de 2025 evidencia a desvalorização histórica desses trabalhadores. Enquanto os Coronéis da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros receberão o valor mais alto, R$ 81,48 por hora trabalhada, os soldados, que compõem a maior parte do efetivo empregado no evento, terão que se contentar com R$ 32,29 por hora trabalhada.

Na Polícia Civil, Delegados e Peritos também receberão até R$ 81,48 por hora, enquanto Investigadores, Escrivães e Peritos Técnicos receberão  R$ 54,18 R$ por hora, mesmo com a exigência do nível superior para esses profissionais.

Esses valores baixos não se limitam aos pagamentos extras pelo Carnaval, mas refletem uma realidade mais ampla: os salários da categoria permanecem defasados, sem reajustes significativos. Apesar de um acordo ter sido firmado entre o governo e as entidades representativas, até o momento nenhum projeto foi enviado à Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA) para votação. Enquanto isso, os Policiais Militares seguem sem promessas concretas de melhoria, o que gera insatisfação e desmotivação entre os profissionais que arriscam suas vidas diariamente para garantir a segurança da população. 

A desvalorização dos profissionais de Segurança Pública na Bahia e o Impasse Salarial

A situação dos profissionais de Segurança Pública na Bahia é preocupante e reflete a falta de reconhecimento por parte do governo estadual. Os valores estipulados para o trabalho no Carnaval 2025, somados aos salários defasados, evidenciam a despriorização de uma categoria essencial para a manutenção da ordem e da segurança da população.

Apesar das negociações entre o governo e as entidades representativas dos policiais, a questão salarial segue sem solução concreta. O projeto de reajuste ainda não foi enviado à Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), deixando os Policiais Civis sem qualquer perspectiva de melhoria, enquanto na Polícia Militar predomina um cenário de insatisfação e silêncio forçado.

A defasagem salarial não afeta apenas a motivação e o bem-estar desses profissionais, mas também compromete a eficiência do serviço prestado à sociedade. A falta de incentivo financeiro e reconhecimento adequado contribui para o aumento da evasão na carreira policial, a sobrecarga de trabalho e a sensação de abandono por parte do Estado.

É urgente que o governo cumpra suas responsabilidades, encaminhando à ALBA um projeto de reajuste digno, que reflita a importância dos profissionais de segurança pública e sua atuação fundamental na proteção da sociedade. A desvalorização contínua desses servidores apenas reforça um ciclo de precarização que impacta diretamente a segurança dos cidadãos baianos.