Os casos registrados de diarreia no distrito de Humildes estão possivelmente relacionados à qualidade da água do rio Humildes. A investigação epidemiológica aponta que a doença é localizada, mantendo-se, ao longo do ano, números elevados de casos, quando comparados a outras localidades.
O relatório da Vigilância Epidemiológica foi apresentado pela Secretaria Municipal de Saúde nesta sexta-feira (7). O documento diz que a subnotificação dos casos pode ter provocado inicialmente, a ideia de que se tratava de um surto.
As investigações tiveram início no dia 10 de janeiro. Nesse período, técnicos do órgão municipal realizaram visitas à policlínica e à Unidade de Saúde da Família localizadas no distrito.
Além disso, foram entrevistados moradores das áreas com casos notificados para o levantamento das informações e fatores que poderiam ter relação com a elevação dos casos de diarreia na localidade.
As investigações apontaram que não foi detectado uma causa comum com relação ao consumo de alimentos. No entanto, os relatos dos profissionais de saúde e dos moradores ouvidos informam que as pessoas pescam, irrigam lavouras e tomam banho.
De acordo com o relatório, ao analisar o período entre janeiro de 2014 e janeiro de 2025, chegou-se à conclusão de que “a situação é endêmica ao longo dos meses, mantendo uma frequência elevada de número de casos, com algumas variações em alguns meses do ano”.
Ainda conforme o documento, não houve hospitalização por diarreia no distrito. As pessoas acometidas relataram dores abdominais e residem na sede do distrito, principalmente nas áreas próximas ao Rio Humildes.
A Vigilância Epidemiológica sugere ações de conscientização junto a comunidade, através de ações educativas e preservação do meio ambiente, bem como a implementação de ações integradas envolvendo as secretarias municipais do Meio Ambiente e Saúde, Secretaria de Segurança Pública, entre outros órgãos, para a requalificação do Rio Humildes e outros mananciais da localidade.