Para elucidar crimes que deixaram vestígios e delimitar a dinâmica e a autoria dessas investidas criminosas, a Polícia Científica (PCi) emitiu mais de 9,5 mil laudos a partir da análise dos resultados obtidos nos mais de 29,5 mil exames periciais realizados durante todo o ano de 2024, em Sergipe. O volume de procedimentos técnicos e científicos, que contribuem com a atuação investigativa da Polícia Civil e a condenação de investigados pela Justiça, é fruto dos investimentos em novos equipamentos e na convocação de 88 novos servidores, ações que fortaleceram a atuação dos quatro institutos vinculados à PCi.
 
A Polícia Científica é composta pelos Institutos de Criminalística (IC), Médico Legal (IML), de Análises e Pesquisas Forenses (IAPF) e de Identificação Papiloscopista Wendel da Silva Gonzaga (IIWSG). Dentre os principais exames realizados pela PCi, que resultaram na emissão de laudos sobre crimes praticados em Sergipe, destacam-se análises e comparações de armas e munições; verificações de vestígios presentes em locais de crimes; perícias em celulares e computadores; e análises das causas de mortes violentas. 
 
Os exames feitos pela PCi, com o objetivo de materializar a autoria de um determinado crime, são realizados a partir do acionamento da Polícia Civil. “Quando há um delito, a autoridade policial solicita a presença da Polícia Científica para que recolha vestígios em locais de crimes ou em exames de corpo de delito, por exemplo, e materialize as informações em forma de um laudo pericial, que é encaminhado a instâncias superiores”, enfatiza o coordenador-geral da PCi, Victor Barros.
 
Novos equipamentos aumentam a produtividade
 
Em relação aos fatores que contribuíram para a produtividade e qualidade técnica dos laudos emitidos pela PCi em 2024, Victor Barros destacou a aquisição e implementação de novos equipamentos como fatores essenciais para o volume de laudos periciais emitidos. “No ano passado, tivemos o acréscimo de alguns equipamentos e tecnologias que otimizaram o trabalho pericial desenvolvido pela Polícia Científica de Sergipe”, ressalta o coordenador-geral da PCi.
 
Dentre os novos equipamentos que otimizaram o trabalho pericial da PCi, o coordenador-geral citou o novo analisador de DNA instalado no Laboratório de Genética Forense do IAPF. “É um investimento fruto de cooperação entre a SSP e a Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp). Com esse aparelho, hoje, podemos realizar análises genéticas de DNA que, antes, não eram possíveis, inclusive de amostras degradadas ou muito frágeis, presentes em locais de crime”, contextualiza Victor Barros.
 
Concurso e formação dos novos servidores
 
Aliado à aquisição de novos equipamentos, o concurso público promovido pelo Governo do Estado para o provimento de vagas em diversas áreas da perícia oficial de Sergipe também revitalizou a instituição, ampliando a produtividade de exames e laudos periciais da PCi. “A previsão inicial era o chamamento de 60 servidores, mas, graças ao esforço conjunto da SSP e do Governo do Estado, conseguimos ampliar a convocação para 88 novos servidores da Polícia Científica”, detalha Victor Barros.
 
Com a convocação, a Polícia Científica realizou o II Curso de Formação, com mais de 420 horas de aulas, promovendo a capacitação dos novos servidores com disciplinas comuns a todas as áreas periciais e, também, com módulos específicos de cada cargo da perícia oficial sergipana. “O curso abrangeu tanto instrutores de Sergipe, como também de outros estados da federação. Hoje, temos esse reforço de novos servidores que se somam ao combate contra a criminalidade no estado”, descreve o coordenador da PCi.
 
Avaliação dos resultados
 
Diante do volume de laudos periciais emitidos pelos quatro institutos que formam a Polícia Científica, o coordenador-geral da PCi considerou 2024 um ano bastante produtivo para a perícia oficial e para a segurança pública de Sergipe. “É o resultado de um esforço conjunto dos servidores dos quatro institutos vinculados à PCi, e os números de exames e laudos periciais emitidos no ano passado demonstram o comprometimento da Polícia Científica com o combate à criminalidade em todo o estado”, finaliza Victor Barros.