O Senado vai colocar em pauta o projeto que visa modificar a atual legislação com a implantação de um novo e único código eleitoral.
Dois pontos se destacam como os mais polêmicos: 1) o uso do dinheiro público via fundo eleitoral.2) a divulgação de pesquisas na véspera e no dia do pleito.
Sobre o primeiro ponto, a dinheirama para as agremiações partidárias totaliza a "irrisória" quantia de R$ 6 bilhões. E o pior é que se gasta o dinheiro público sem nenhuma preocupação de prestar contas.
Quando se tem a oportunidade de exigir onde o dinheiro do povo brasileiro foi gasto, a farra permanece, tudo continua como dantes no quartel de Abrantes. Deixando de lado as honrosas exceções, infelizmente poucas, o cinismo dos parlamentares chega a ser algo assustador.
Pois é, caro e atento leitor. Estão querendo até acabar com o Sistema de Divulgação das Prestações de Contas Anuais (SPCA), enfraquecendo assim a fiscalização dos recursos oriundos dos cofres públicos, dinheiro meu, seu, nosso, enfim, do povo brasileiro. A farra vai continuar.
E sobre as pesquisas? Aí tem uma questão que concordo : proibir a divulgação na véspera e no dia do pleito, o que termina levando o eleitor a sufragar o candidato que está na frente nas enquetes. Assim como tem "Maria vai com as outras", tem também o "eleitor que vai com as pesquisas", o que não quer perder o voto, o chamado "voto imbecil".
Concluo dizendo que a sorte do Congresso Nacional é que o povo brasileiro é paciente diante dos seus representantes no Parlamento.
Quando os políticos são questionados sobre suas atitudes, com o alerta de que podem perder votos na próxima eleição, dizem, sem nenhum tipo de constrangimento, que o eleitor tem memória curta, que é só uma questão de tempo para esquecer de tudo.
COLUNA WENSE, QUARTA-FEIRA, 12 DE FEVEREIRO DE 2025.
Marco Wense - Itabunense, Advogado e Articulista de Política. Assina a Coluna Wense, publicada diariamente em vários sites e blog da Bahia.
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