ARTICULISTAS “BEIJA-MÃO”
CENTRÃO: O QUARTO PODER
É impressionante como o governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai ficando cada vez mais refém do centrão e de suas principais lideranças.
14/02/2025 11h07 Atualizada há 1 dia
Por: Carlos Nascimento Fonte: COLUNA WENSE, QUINTA-FEIRA, 13 DE FEVEREIRO DE 2025.

É impressionante como o governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai ficando cada vez mais refém do centrão e de suas principais lideranças. 

Essa dependência também aconteceu na gestão passada, do então presidente Jair Messias Bolsonaro (PL). A do governo Lula 3 vai conseguindo superar a do "mito". A subserviência ao centrão, que chega a ser vergonhosa, salta aos olhos. 

O argumento-mor de ambas correntes políticas - bolsonarismo e lulopetismo - para esse "beija-mão" aos parlamentares adeptos do toma lá-dá-cá, é a tal da governabilidade, que só se governa dando cargos de primeiro escalão, obviamente a titularidade de alguns ministérios. 

O chamado centrão passa a ser governo em qualquer governo. A adesão ocorre, sem nenhum tipo de constrangimento, assim que sai o resultado do pleito presidencial. 

De olho na reforma ministerial, mensageiros do centrão lembram ao presidente Lula, que pretende disputar a reeleição, que 2026 é vapt-vupt. O recado é bem direto, sem arrodeios : ou faz cafuné ou um chega pra lá no desejo de conquistar o quarto mandato é só uma questão de tempo. 

O chefe do Palácio do Planalto já convidou os presidentes da Câmara, Hugo Motta  (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), figuras ilustres do centrão, para participar da reforma ministerial, se querem indicar algum correligionário para compor a Esplanada dos Ministérios. 

E tem mais: os ex-presidentes das duas Casas do Congresso Nacional, Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (PSD-MG), respectivamente da Câmara Federal e do Senado, já foram convidados para serem ministros. Se os ex ainda exercem influência sobre o governo, imagine, caro e atento leitor, os atuais chefes Hugo Motta e Davi Alcolumbre. 

O centrão, com suas legendas, vai tomando conta da República. O instrumento de pressão para conquistar mais e mais espaços no governo, seja ele qual for, independente do colorido ideológico, é a força para desengavetar um eventual pedido de impeachment contra o presidente da República de plantão.

Não causaria nenhum espanto dizer que o centrão é quarto Poder da República.

COLUNA WENSE, QUINTA-FEIRA, 13 DE FEVEREIRO DE 2025.

Marco Wense - Itabunense, Advogado e Articulista de Política. Assina a Coluna Wense, publicada diariamente em vários sites e blog da Bahia.

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