Vai ficando cada vez mais difícil defender o ex-presidente Jair Messias Bolsonaro, líder da direita brasileira, de não ter participado da tentativa de um golpe de Estado.
E olhe, caro e atento leitor, que Bolsonaro, então chefe do Palácio do Planalto, dizia, ao ser questionado sobre sua reeleição, que "todos têm a obrigação de jogar dentro das quatro linhas", se referindo a Lei Maior, a nossa Constituição. Finalizou com uma advertência: "nós traremos para dentro dessas quatro linhas todos os que ousam ficar fora delas".
Que coisa, hein! Agora é Bolsonaro que vai ter que responder por ter ficado fora dessas "quatro linhas", dando um chega pra lá na Carta Magna, no Estado Democrático de Direito.
Se tivesse seguido o conselho do comandante da Força Aérea Brasileira (FAB), brigadeiro Carlos Baptista Júnior, não estaria vivendo uma complicada situação, que pode levá-lo à prisão.
Se referindo ao então presidente e candidato a um segundo mandato, o chefe da FAB deu o seguinte conselho: "O senhor perdeu, vai para casa". Vejamos na íntegra, ipsis litteris:
"Presidente, o sr. entrou no jogo, o sr quis jogar, o sr. perdeu. Não teve fraude, agora acabou, o sr. tem que ir para casa, o sr. tem que fazer oposição".
Se tivesse ouvido o bom conselho do comandante da FAB, indo para casa, aceitando o resultado das urnas, estaria hoje, em decorrência da queda da aprovação do governo Lula 3, como favorito na sucessão de 2026.
Bolsonaro, no entanto, optou por ficar fora das "quatro linhas", cavando o próprio buraco para enterrar a elegibilidade.
COLUNA WENSE, SEXTA-FEIRA, 21.02.2025.
Marco Wense - Itabunense, Advogado e Articulista de Política. Assina a Coluna Wense, publicada diariamente em vários sites e blog da Bahia.
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