A impopularidade do presidente Lula, andando de mãos dadas com a chamada "inflação dos alimentos", começa a provocar um início de debandada dos partidos "aliados".
As legendas "aliadas" só esperam o momento certo para deixar o barco do PT. São siglas pragmáticas. Quando percebem que o governo de plantão pode perder a próxima eleição, ensaiam logo um argumento para cair fora.
O Partido Progressista, presidido nacionalmente por Ciro Nogueira, lá do Piauí, figura de destaque do centrão, passa a ser o primeiro da fila. "O PP está perto de desembarcar", declarou Nogueira ao ser questionado sobre o governo Lula 3.
O problema, a pulga atrás da orelha, é que ninguém sabe se Nogueira está blefando, falando em rompimento para conquistar mais espaços no governo.
O PP está de olho na reforma ministerial, não anda satisfeito com os cargos que tem na gestão de plantão. Quer mais. A titularidade de um ministério, salvo engano o do Esporte, é muito pouco.
Toda essa pressão das agremiações partidárias, mais especificamente as que integram o centrão, decorre da fragilidade do terceiro mandato de Lula. Toda vez que o governo contraria o toma-lá-dá-cá, vem logo à tona a palavra impeachment.
Só tem um caminho para que o presidente Lula deixe de ser refém das legendas "aliadas" : uma melhora significativa na aprovação do governo. Do contrário, a debandada é só uma questão de tempo.
Não duvido nada que ao deixar o barco do governismo, as lideranças dos partidos "aliados" ainda levem todos os salva-vidas. Quem não souber nadar vai morrer logo.
Os que sabem podem até sobreviver.
COLUNA WENSE, SEXTA-FEIRA, 28.02.2025.
Marco Wense - Itabunense, Advogado e Articulista de Política. Assina a Coluna Wense, publicada diariamente em vários sites e blog da Bahia.
Coluna Marco Wense/PÁGINA DE POLÍCIA, clique na IMAGEM e acompanhe suas últimas publicações: