A primeira reação do leitor diante do título da coluna de hoje - e com toda razão - é de espanto. Muitos vão dizer que é uma maluquice comentar sobre uma eleição que só vai acontecer em 2028.
O que justificaria uma análise sobre um pleito tão distante ? Basta o prefeito de plantão apontar um nome que pode ser seu candidato.
Vamos tomar como exemplo Itabuna. Uma declaração do prefeito Augusto Castro (PSD) de que fulano é o primeiro da fila para ser o candidato do grupo político, já é motivo que justifica um comentário sobre o processo sucessório.
Lembrando ao caro e atento leitor que o alcaide de Itabuna foi reeleito, conquistou o segundo mandato consecutivo, ficando assim, por força da Justiça Eleitoral, impedido de disputar o pleito de 2028, à re-reeleição.
A especulação é inerente ao jornalismo político, desde que dentro de uma certa lógica, sem nenhuma descabida e irresponsável invencionice. Seria ridículo dizer que Geraldo Simões (PT) pode ser o prefeiturável de Augusto.
Toda vez que comento uma situação que acho que não tem nenhuma possibilidade de acontecer, contrariando a máxima de que na política tudo é possível, digo que é mais fácil encontrar uma pequenina cabeça de alfinete em um grande palheiro.
Por enquanto, nada que possa alimentar uma análise sobre a sucessão de 2028. Mas que já tem gente de olho no apoio de Augusto Castro não tenho a menor dúvida.
Concluo dizendo que não basta só fazer cafuné no alcaide, tem que mostrar viabilidade eleitoral, jogo de cintura para conquistar o apoio de partidos e suas lideranças.
Bajulação e puxa-saquismo são ingredientes desaconselháveis. O tiro da busca pelo imprescindível apoio da maior autoridade do município pode sair pela culatra.
COLUNA WENSE, TERÇA-FEIRA, 04.03.2025.
Marco Wense - Itabunense, Advogado e Articulista de Política. Assina a Coluna Wense, publicada diariamente em vários sites e blog da Bahia.
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