No Colégio Estadual de Tempo Integral Monsenhor Turíbio Vilanova, localizado no município de Bom Jesus da Lapa e pertencente ao Núcleo Territorial de Educação do Velho Chico (NTE 2), um movimento estudantil vem ganhando força: o projeto “Cuidando do nosso patrimônio escolar, garantindo o futuro de todos”. Criada pelo Grêmio União Estudantil Independente (UEI), a iniciativa tem o objetivo de transformar a relação dos estudantes com a escola e os professores sobre a importância de preservar a infraestrutura da unidade para garantir um ambiente mais organizado, seguro e adequado para a aprendizagem.
O projeto orienta a comunidade escolar sobre práticas para reduzir o desperdício de materiais e tornar o ambiente mais acolhedor e sustentável, bem como evitar atos de vandalismo. Para isso, o grêmio aposta em estratégias como rodas de conversa, cartazes e postagens nas redes sociais. João Vitor Barbosa, 17 anos, estudante do 3° ano e presidente do UEI, destaca que a campanha surgiu da necessidade de valorizar e conservar a estrutura do colégio, que já existe há mais de 40 anos. “Nossa escola tem uma estrutura antiga e percebemos o quanto é fundamental preservá-la. O grêmio está atuando em parceria com outros representantes estudantis, como o jovem ouvidor e os líderes de classe, para mobilizar os alunos e tornar essa iniciativa um compromisso coletivo”, explica.
Como parte das ações do projeto, na próxima segunda-feira (10), será realizado o evento “Explorando o protagonismo estudantil na Bahia”. O encontro reunirá estudantes dos três turnos para discutir políticas públicas voltadas à participação dos jovens na Educação. A conscientização sobre a preservação do patrimônio escolar também estará em pauta, reforçando a importância do engajamento dos alunos na construção de um ambiente escolar mais responsável e colaborativo.
A diretora do colégio, Isabel Geanne Ribeiro, enfatiza que essa campanha chegou em um momento estratégico. “No início do ano letivo, quando novos estudantes ingressaram na rede estadual, a escola passou por reparos, pintura e manutenção, visando oferecer um ambiente mais estruturado e adequado para o aprendizado. A campanha veio no sentido de conscientizar toda a comunidade escolar sobre a importância desses espaços, que é de uso coletivo. Quanto mais zelarmos por ele, melhor será a qualidade da nossa aprendizagem”.
Embora já esteja em andamento, o projeto ainda depende de algumas etapas para ser completamente implementado. João Vitor explica que a participação ativa dos estudantes será fundamental para o sucesso da iniciativa. “Muita coisa ainda não foi feita, porque além do projeto ser novo, estamos aguardando a conclusão das eleições de líderes de classe para que, assim, possamos colocá-lo em ação por completo. Após esse período, será criada a Comissão de Zeladoria Estudantil para identificar problemas estruturais e dialogar com a gestão escolar sobre possíveis soluções. Além disso, serão aplicados questionários para medir o impacto das ações e sugerir melhorias para a escola, bem como serão realizadas reuniões periódicas com estudantes, professores e funcionários para a avaliação das mudanças”, explica.
Como incentivo, o projeto também reconhecerá com o “Prêmio escola sustentável” turmas ou estudantes que se destacarem na preservação do patrimônio. Além disso, serão distribuídos certificados de participação para os alunos engajados na iniciativa.
Fonte: Ascom/SEC