Tá escrito nas estrelas: se não for Michelle Bolsonaro (PL) será Tarcísio de Freitas (Republicanos). Falo de quem será o representante da direita na sucessão presidencial de 2026.
A ex-primeira-dama é o plano A. O governador de São Paulo, o B. Corre por fora, como plano C, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL), filho do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro.
Portanto, a ex-primeira-dama e o chefe do Palácio dos Bandeirantes são as opções da preferência do bolsonarismo para disputar o cargo mais cobiçado do Poder Executivo.
Em relação a Michelle, sua candidatura fica na dependência de quem será o presidenciável do PT. Se for o presidente Lula, a ex-primeira-dama fica de fora. O caminho político passa a ser o Senado. As pesquisas irão apontar por qual Estado Michelle buscará uma vaga para a Câmara Alta.
Com Lula na disputa, buscando à reeleição, o quarto mandato, Tarcísio terá o imprescindível apoio do bolsonarismo e do seu líder-mor : o inelegível Jair Messias Bolsonaro (PL).
A escolha de Tarcísio não é do agrado de Bolsonaro. Mas é o nome com mais força política e viabilidade eleitoral para enfrentar o lulopetismo. A verdade é que Bolsonaro não confia em Tarcísio. Sabe que chegando na Presidência da República, no outro dia já começa a fazer campanha para um segundo mandato. Sendo presidente, Tarcísio vai buscar luz própria e, quem sabe, dando um chega pra lá no seu maior e invejável "cabo eleitoral".
Outro detalhe é a desconfiança de setores do bolsonarismo de que a contrapartida pelo apoio de Bolsonaro, que é a promessa de tornar o ex-presidente elegível, podendo disputar o pleito de 2030, não será cumprida. Tarcísio vai querer permanecer por mais quatro anos como mandatário-mor do País.
A dilacerante preocupação do PT diz respeito a falta de opções, de um reserva para substituir o melhor "jogador" do partido, que possa fazer muitos "gols" nas urnas. Fernando Haddad, ministro da Fazenda, para ser competitivo e chegar em uma situação de empate técnico com quem vai ocupar a dianteira nas enquetes, fica na dependência de uma significativa e surpreendente melhora na economia, o que, pelo andar da carruagem, está muito difícil de acontecer em curto espaço de tempo.
Veja abaixo a última pesquisa da CNT/MDA com margem de erro de 2,2 p.p. O candidato do PT é Haddad. Ciro Gomes (PDT) é o primeiro colocado. Vira pesadelo o PT sair vitorioso no pleito de 2026 com Haddad ou outro petista.
O PT é Lula. Não existe o Lula 2.
Concluo dizendo que o bolsonarismo, com a inelegibilidade de Bolsonaro, só tem Tarcísio de Freitas e Michelle Bolsonaro como nomes de peso para representar a direita na sucessão presidencial de 2026. Pelo menos tem dois. O lulopetismo só tem um, que até as freiras do convento das Carmelitas sabem quem é.
COLUNA WENSE, SÁBADO, 08.03.2025.
Marco Wense - Itabunense, Advogado e Articulista de Política. Assina a Coluna Wense, publicada diariamente em vários sites e blog da Bahia.
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