Senhoras e senhores,
Temos a honra de apresentar o artigo intitulado "A CONSTRUÇÃO HISTÓRICA DA INVISIBILIDADE ÉTNICA NO BRASIL E A CONSOLIDAÇÃO DO RACISMO", de autoria do pesquisador Marcos Antonio de Souza. Esta obra reflete de maneira aprofundada sobre a história da população preta no Brasil, abordando a maneira pela qual a sociedade estruturou mecanismos de invisibilidade étnica, resultando na consolidação do racismo e na perpetuação das desigualdades raciais.
A pesquisa se baseia em um olhar crítico e analítico acerca de processos históricos que contribuíram para a marginalização das conquistas e contribuições da população preta na formação da identidade nacional e no desenvolvimento sociocultural do Brasil. O artigo discute como a negação e a apropriação das realizações desse grupo social resultaram na criação de narrativas depreciativas, culminando em um apagamento sistemático da história negra e na imposição de um discurso de embranquecimento.
O autor explora ainda, como teorias discriminatórias foram utilizadas para justificar e reforçar o racismo estrutural, promovendo a desumanização da população preta e contribuindo para a perpetuação das desigualdades socioeconômicas. Através da análise de diversos aspectos históricos, sociais e culturais, o artigo evidencia as formas de resistência, bem como as lutas pela afirmação dos direitos desse grupo historicamente marginalizado.
Entre os principais temas discutidos, destacam-se:
- O apagamento histórico de personagens negros de relevância nacional;
- A apropriação de elementos culturais e intelectuais da população preta;
- O impacto das teorias de embranquecimento na formação da identidade nacional;
- A resistência às políticas de inclusão, como as cotas raciais;
- A relação entre racismo, questões sociais e segurança pública no Brasil.
O artigo destaca, assim, que a desvalorizacão histórica e o apagamento cultural do povo preto no Brasil não são eventos isolados, mas sim parte de uma estrutura profundamente enraizada. Ao evidenciar essa realidade, o autor provoca uma reflexão essencial para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.
Dessa forma, convidamos todos os leitores e pesquisadores a explorarem esta obra e aprofundarem-se na compreensão da dinâmica do racismo estrutural no Brasil. Que este estudo contribua para o debate acadêmico e social, fomentando discussões que promovam o reconhecimento e a valorização da história e da identidade da população preta no país.
Sobre o Autor:
Marcos Antônio de Souza é formado em Licenciatura Plena em Educação Física pela UCSAL e possui um Mestrado em Segurança Pública, Justiça e Cidadania pela UFBA. Especializou-se em diversas áreas, incluindo Metodologia do Ensino Superior, Prevenção da Violência, Promoção da Segurança e da Cidadania, Planejamento Estratégico e Inteligência Estratégica. Além disso, possui experiência na Gestão da Investigação Policial e desenvolvimento de gestores da Polícia Civil e da Polícia Técnica. Sua trajetória acadêmica e profissional contribui para uma análise profunda sobre os impactos sociais e históricos da invisibilidade étnica e do racismo no Brasil.
A CONSTRUÇÃO HISTÓRICA DA INVISIBILIDADE ÉTNICA NO BRASIL, E A CONSOLIDAÇÃO DO RACISMO
Por: Marcos Souza.
RESUMO
Esse trabalho traz uma abordagem reflexiva sobre alguns fatos relacionados à trajetória de construção histórica da invisibilidade étnica no Brasil, e a consolidação do racismo através de teorias discriminatórias, injúria racial, preconceitos, resistência as cotas, questões sociais e de segurança pública, temas diretamente relacionados aos direitos das pessoas pretas do país.
O processo de invisibilidade e apagamento histórico dos grandes nomes de personagens pretos que se destacaram ao longo da construção de uma identidade nacional e desenvolvimento sociocultural dessa nação sofrem um grande processo de não reconhecimento, bem como, se desencadeia um processo de construção, através de uma engenharia social que utiliza da usurpação e apropriação das capacidades intelectuais e culturais desse povo.
Criando narrativas depreciativas relacionadas a ele, desenvolvendo e disseminando a partir daí uma teoria perversa de embranquecimento de todos os feitos históricos, sociais, culturais, educacionais, econômicos ou mesmo de pessoas pretas, os quais assumem o discurso branco como real e impondo como verdadeiro, retirando de contexto o protagonismo negro, bem como o apagamento de toda sua trajetória e de seus mártires, culminando na destruição de documentos sobre sua origem. Impactando e causando o que viria a ser uma das maiores desgraças humanitária da América Latina, atingindo milhões de escravizados e provocando uma desorganização social sem precedente, que se arrasta até os dias atuais, situação que perdura a séculos, potencializado por fatores históricos recorrentes de depreciação racial, com a predominância das justificativas de reafirmação das teorias que colocaram o povo preto como raça subumana desprovida de qualquer característica de convivência social. Além do fato escravagista do pertencimento, onde não só o corpo, mas todo seu potencial sociocultural produtivo era do “algoz”.
Palavras – Chave: Racismo, Invisibilidade, Apagamento, Apagão Histórico.
INTRODUÇÃO:
Em tempos de reflexões, debates e controvérsias sobre afirmação étnica, consciência, reparação, discriminação, racismo, injúria racial, preconceitos, resistência as cotas. Questões sociais como segurança pública, temas diretamente relacionados aos direitos das pessoas pretas, onde suas ações, atitudes, comportamentos, são questionados, impondo-se censuras sociais e comportamentais, que precedem aos tempos de seus ancestrais.
Construindo uma trajetória que se estende até os dias atuais, onde o povo preto se sustenta através da sua capacidade de sobrevivência, resiliência e resistência, sob a égide do ensinamento e aprendizagem ancestrais, preservando de forma positiva suas raízes, conservados em suas memórias como forma de manutenção e reafirmação de sua origem por várias gerações. Porém ainda nos dias de hoje há uma resistência para com o reconhecimento de suas contribuições para a história, capacidades intelectuais e produtivas, sendo passivas de questionamentos e interpretações, motivadas pela cor de sua pele.
Esse fato se dá por questões históricas, considerando a argumentação sustentada pelo moralismo e elitismo eurocêntrico, que não admitem ser ela a grande responsável pelo caos social predominante, através de um pensamento e comportamento de predominância racista. Com o advento do processo escravagista, o povo preto foi sequestrado de seus territórios, trazidos a força de forma degradante e brutal, para serem vendidos, escravizados, confinados em fazendas, onde perderam suas características de seres humanos, passando a viver como verdadeiros animais, situação imposta pelos colonizadores, que se apossaram do território nacional, habitado pelos indígenas, os povos originários do Brasil, verdadeiros donos das terras. Trazendo o extermínio e implantando a grilagem territorial oficial, com a utilização da violência, o que provocou o grande genocídio desses povos, os quais não se subjugaram em nome de uma nova ordem civilizatória. Como se roubar, matar indiscriminadamente, traficar pessoas, escravizarem de forma violenta, cruel, desumana, vilipendiar crenças e culturas, entre outras atrocidades, pode-se chamar de civilização ou humanidade. Onde está o orgulho dessa origem? História que se arrasta por séculos, nos oprimindo até os dias atuais. Fato esse que ainda é presenciado na contemporaneidade, comprovada e reafirmada pelo marco regulatório de demarcações das terras indígenas, pelo congresso nacional, recheado de grileiros de plantão na espreita, para mais uma vez usurpar as terras da união e suas fontes naturais, expulsando de vez e de forma legalizada, os povos originários do que restou de suas terras.
Fatos Reflexivos:
Nesse diapasão se destacam fatos “camuflados” em nossa história que muito contribuíram para manutenção e proliferação das mazelas sociais que tanto nos afligem na atualidade, para tanto temos que buscar nesses momentos de apagamentos e branqueamento eurocêntrico da nossa verdadeira identidade, como essa manobra do marco histórico aqui citado. Atos de grandes impactos legalizados que contribuíram para o surgimento e desencadeamento das desigualdades e desorganização social do passado e do presente, traz à baila fatos preponderantes.
Citaremos aqui para chamar atenção, três fatos de grande impacto na vida do povo preto brasileiro, além dos aqui pontuados sobre a forma e condições de sua chegada em terras brasileira, sofrida por aqueles que viveram esses momentos cruéis, levando consigo as agruras sofridas, e que nós pretos em memória e respeito aos nossos ancestrais, temos a obrigação moral de mantermos vivos esses sentimentos de dor e opressão, feridas não saradas. Buscando reconectar os apagamentos históricos do povo preto dessa nação, e de todas as nações que representamos originalmente, desprezando o debate academicista e hipócrita, onde prevalece à argumentação do convencimento, sobre ”estórias” do eterno colonizador e opressor, o qual coloca o povo preto todo o tempo em um lugar fora do entorno imaginário de seus mitos e heróis, criados no decorrer de sua dominação, à custa de sangue negro, os quais foram personagens ativos nos momentos mais relevantes dessa história, protagonizadas e incentivadas pelo seu ideal de liberdade, sacrificando ainda mais a sua sobrevivência como povo, que em momentos de calmaria eram tratados como traidores, marginais ou baderneiros, reverberado por aqueles que muitas vezes participantes de lutas legitimas, vinham a posteriori se locupletar, por conta dessas manobras ardilosas e covardes, contra esses líderes pretos.
Vamos citar aqui como provocação dialética os fatos históricos romantizados pela literatura racista e discriminatória do Brasil, os quais contribuíram para o seu apagamento definitivo e existencial. Objetivando despertar a curiosidade e incentivar a pesquisa sobre o assunto, com finalidade de esquentar o debate, comecemos pela Lei Áurea, a que “aboliu” a escravidão no Brasil. A pergunta é, será que isso é real? Alguma vez foi dito que o momento político em que ocorreu essa ação era insustentável para continuidade da escravidão no Brasil, protagonizado pelos movimentos dos negros escravos e grupos de abolicionistas, além da pressão internacional com a revolução industrial, por ser o Brasil o último país de mão de obra escrava, além de que a princesa Izabel nunca teve em nenhum momento envolvimento ou participação no processo abolicionista, pelo contrário, ela sempre foi escravocrata, e não se importava com as causas dos escravizados ou mesmo dos indígenas. Então vamos à provocação: o que ocorreu com essa massa escrava, pós “liberdade”? Qual seu destino?
Imaginemos mais de 700 mil escravizados libertos de repente por um decreto, contendo dois artigos apenas, os quais não mencionavam nada sobre destino, futuro ou forma de sobrevivência dessa massa, sem acolhimento ou assistência. Agora observem a sua volta, e para os grandes centros urbanos, será que é capaz de imaginar se há alguma relação para o surgimento de tantas favelas, qual a justificativa para o surgimento de tantas pessoas de rua em estado de miserabilidade. Situação que vem se reproduzindo e se multiplicando por séculos, uma equação que resultou no que presenciamos na atualidade. Somem-se a isso teorias onde fica explícita a criminalização de toda uma etnia, tendo como pressupostos suas características raciais e cor da pele, como preponderantes. A quem interessa não debater os fatores construtores da desigualdade do Brasil?
Segundo fato:
Teorias como a do médico “Cesare Lombroso”, europeu de nacionalidade italiana, que preconizou a “ideia da predisposição biológica do indivíduo à conduta antissocial, ao qual ele chamou de criminoso nato”, teoria relacionada ao negro. Seguida e defendida no Brasil pelo também médico “Nina Rodrigues”, que admitia possuir provas irrefutáveis sobre a inferioridade da raça negra, afirmava que no “Brasil as relações sociais não se constroem em si mesmas, mas a partir do lugar social que os indivíduos ocupam”, definindo e consolidando o apartheid social em nosso contexto. Outro apagão histórico, diz respeito à pessoa daquele que é considerado um dos grandes juristas brasileiro, festejado e reverenciado pelos seus feitos na área jurídica, política, jornalística e diplomática, de inteligência privilegiada. Estamos falando de “Ruy Barbosa”, o “Águia de Haia”, não desprezando a sua capacidade de articulação intelectiva de suas atividades, mas não se pode negar que do apogeu histórico que lhe é conferido, vem precedido de um fato que deixa uma mácula irreparável incrustada em sua trajetória, tratado como um ato de relevância para o governo, pela sua condição de ministro da fazenda a época, na defesa do erário público, naquilo que cabia indenização reivindicado pelos escravagistas, não incluso aí indenização aos escravizados, ou ainda uma forma de apagar aquilo que seria o mais horrendo e vergonhoso episódio de nossa história, isso após 300 anos (trezentos anos) convivendo com a escravidão em nosso território.
Em uma justificativa de “arrependimento” buscou uma forma de apagar da história fato tão cruel e prolongado, como se isso fosse tão simples, tratando-se do olhar de um “gênio”. Por mais horrendo que esse momento tenha sido, ele “nunca” deve e nem “poderá” cair no esquecimento, esse que foi um tremendo processo apocalíptico para o povo afrodescendente brasileiro. O maior crime histórico refere-se a queima de toda documentação relacionada à compra, venda e propriedade dos escravizados brasileiros, assunto delicado para as pautas de pesquisadores, juristas e estudiosos da questão racial. Com gravidade de alcance e consequências humanas continentais, quando se trata de origem e destino, algo poucas vezes presenciado pela história, guardando as devidas proporções, os atos praticados pelos Nazistas em sua casada contra os povos ciganos, gays, judeus e todos aqueles que se opunham ao regime, onde o jugo está atrelado pela crueldade, ocorrido a partir de prisões arbitrárias, campos de concentrações, câmaras de gás.
Enquanto no processo brasileiro se realiza de forma e sentido inverso, ela se concretiza pelo jugo perpétuo de condenação, iniciado pelo sequestro, cárceres privado (navios negreiros e senzalas), tortura, ocultação de cadáveres, culminando no abandono de incapazes, sendo o povo preto ainda mais penalizado, o de viver no “limbo”, com total falta das condições de seres humanos, dissociados de sua origem, estendendo aos descendentes de forma infinita, impondo a todos uma condição de “Mortos-vivos”, desprovidos de qualquer referência de origem ou futuro, sem moradia, sem condições de provimento de suas necessidades para sobrevivência, sem possibilidade de ter educação, saúde, viver em condições de miserabilidade extrema, eternos escravizados, onde ainda no presente a busca pela afirmação prevalece viva.
Nossa história é recheada dessas passagens, em que a desconstrução histórica se faz latente, portanto, deve ser preservada por mais desumana, cruel, vergonhosa, irracional que tenha sido, para que não venhamos esquecer nossa origem, e a necessidade de tanta luta todo tempo. Não permitindo que nossa existência seja desprezada e depreciada por teorias racistas ou xenofóbicas, ou mesmo permitir que uma política de invisibilização da trajetória dos negros seja apagada, mesmo ele sendo protagonista de sua própria história e da história de construção de um país, onde esteve presente em todos os fatos e fases de mudanças e desenvolvimento, desde sua chegada nesse território.
Considerações Finais:
A destruição de documentos de compra e venda de escravizados pelo ministro da fazenda, Ruy Barbosa pode ser considerado como crime contra a humanidade, devido sua abrangência e extensão de consequências incalculáveis, decretando a impossibilidade da conexão das diversas nações de escravizados com suas raízes no continente africano, muitos de linhagem real, perdendo seus laços sanguíneos das suas origens, bem como a possibilidade de reagrupamento familiar os quais foram separadas pelo horror da escravidão, entre elas “dividir para dominar”, usando a heterogeneização dos grupos como estratégia separatista e desagregadora.
Desfazendo a organização e manutenção sócia familiar. Produzindo a sua desorganização tão consistente nos dias atuais.
Portanto se faz necessário remontarmos a história dessa nação, recompondo os seus apagamentos, onde os negros foram e é à grande vítima histórica e social dessa e de muitas outras nações, a partir do alijamento da sua participação na construção de uma sociedade justa e humana, com participação ativa muito forte em todas as áreas do conhecimento como: Política, Saúde, Religião, Arte, Economia, Educação, Arquitetura, Engenharias, Medicina, Agricultura, Agro Pecuária, Navegação, na Arte de Guerrear demonstrado nos momentos mais inusitados de batalhas, entre outras atividades. A história construída e oficializada ao longo dos séculos se encarregou de apagar a importância da participação do povo negro na construção político-econômico-social e cultural dessa nação. Ao tempo que a construção histórica produzida enaltece e glorifica o eurocentrismo branco, colocados como heróis, bem feitores, ao contrário de suas verdadeiras posições, escravocratas, racistas, perseguidores das minorias sociais, genocidas caçadores de indígenas e negros, entre outras atrocidades cometidas, defensores de teorias racistas, com atribuições políticas nas quais foram seus autores, apesar de lhes ser atribuídas tamanha importância, jamais participaram das lutas referentes aos atos assinados, outros, com decisões de dimensões irreparáveis para o contexto social da nação brasileira.
Apartando do seu texto os feitos do povo negro, colocados sempre como marginais, baderneiros, incapazes, desprovidos de inteligência, entre outros adjetivos depreciativos. O povo negro sempre teve representatividade em todos os níveis da sociedade desde sempre, com personagens de notório saber relevância e destaque, em muitas delas pioneiro nas diversas áreas do conhecimento humano.
O OPRESSOR NÃO SERIA TÃO FORTE SE NÃO TIVESSE CÚMPLICES ENTRE OS PRÓPRIOS OPRIMIDOS - “Simone de Beauvoir”
Referencias.
https://www.intercept.com.br/2018/12/16/rui-barbosa-quadrinho/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ruy_Barbo
https://www.jusbrasil.com.br/artigos/cronica-de-ruy-barbosa-sobre-a-sentenca-de-jesus-cristo/
https://www.todamateria.com.br/lei-aurea/
https://mundoeducacao.uol.com.br/historiadobrasil/confederacao-equador.htm#
https://www.infoescola.com/historia/revoltas-do-periodo-colonial-brasileiro/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Batalha_de_Cachoeira
http://m.acervo.estadao.com.br/noticias/acervo,a-destruicao-dos-documentos-sobre-a-escravidao-,11840,0.htm
https://www.intercept.com.br/2018/11/20/ruy-barbosa-escravidao/
https://cartorios.org/2010/01/25/penhor-de-escravos-e-queima-de-livros-de-registro/
MARCO ANTÔNIO DE SOUZA
Formado em Licenciatura Plena em Educação Física - UCSAL
Mestre em Segurança Pública, Justiça e Cidadania - UFBA
Especializações: Metodologia do Ensino Superior - FESP/UPE
Especialização em Prevenção da Violência, Promoção da Segurança e da Cidadania – UFBA
Especialização em Planejamento Estratégico – ADESG
Especialização em Inteligência Estratégica – ADESG
Gestão da Investigação Policial, do Programa de Desenvolvimento Permanente para Gestores da Polícia Civil e da Polícia Técnica – Fundação Luís Eduardo Magalhães/Academia de Polícia Civil.