As portas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que decretou a inelegibilidade do ex-presidente Bolsonaro, já estão fechadas para o ex-morador do Palácio do Alvorada.
Pela instância máxima da Justiça Eleitoral, Jair Messias Bolsonaro, principal liderança do PL, vai passar um bom tempo sem disputar um cargo eletivo, um castigo de 30 anos.
No Supremo Tribunal Federal os obstáculos são bem maiores. Removê-los é uma missão muito complicada. O bolsonarismo andou dizendo cobras e lagartos dos ministros, tendo como porta-voz um dos seus filhos, salvo engano o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP).
A redação do projeto de lei que muda a Lei da Ficha Limpa derrubou a possibilidade de Bolsonaro sair candidato no pleito presidencial de 2026. Passa a ser, sem nenhuma dúvida, um invejável "cabo eleitoral".
A única esperança do Bolsonarismo é a anistia que vem sendo articulada no Congresso Nacional, não só para o representante-mor da direita brasileira, como para os instigadores da trama golpista, incluindo aí os depredadores do patrimônio público.
Não resta outro caminho para Bolsonaro e o bolsonarismo que não seja o de se conformar com a inelegibilidade. Outro problema é o apoio a Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador de São Paulo. Bolsonaro não confia no chefe do Palácio dos Bandeirantes.
Sem Jair Messias Bolsonaro na disputa, a polarização bolsonarismo versus lulismo fica desnutrida, perde consistência.
O apoio de Bolsonaro a Tarcísio vai ser condicionado a vários pontos.
Cito apenas dois:
1) a promessa de anistiar Bolsonaro, devolvendo os direitos políticos.
2) o compromisso de Tarcísio de não disputar à reeleição se for eleito presidente da República.
E qual o ditado popular que faz com que o bolsonarismo imponha condições para apoiar Tarcísio na sucessão de Lula? A resposta é vapt-vupt:
o de que "o seguro morreu de velho".
COLUNA WENSE, QUINTA-FEIRA, 20.03.2025.
Marco Wense - Itabunense, Advogado e Articulista de Política. Assina a Coluna Wense, publicada diariamente em vários sites e blog da Bahia, a exemplo do PÁGINA DE POLÍCIA e O SERVIDOR.
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