O Governo de Sergipe busca implementar uma política de ecoturismo por meio de diversas iniciativas. Uma delas é apoiar a criação de áreas protegidas. Diante disso, a Secretaria de Estado do Turismo (Setur) celebra a aprovação da Lei nº 689/2025, de 19 de março de 2025, instituída pela Prefeitura Municipal de Macambira, que cria a Área de Relevante Interesse Ecológico (Arie) da Pedra da Arara e da Cachoeira de Macambira. Fruto de um estudo técnico da Setur, que faz parte do planejamento para instituir um mosaico de Unidades de Conservação (UCs) em áreas com grandes potenciais para o ecoturismo, a iniciativa reforça o compromisso da gestão estadual com o turismo sustentável e a preservação ambiental. Neste caso específico, trata-se das áreas na região da Serra da Miaba.
Vale destacar que a Pedra da Arara e a Cachoeira de Macambira são atrativos naturais de grande relevância, tanto pela beleza cênica quanto pela biodiversidade da flora e da fauna. As áreas naturais apresentam inúmeras características atrativas para o ecoturismo, como cachoeiras, poços, locais para trilhas e banhos. Portanto, a criação dessa UC foi um passo essencial para promover diretrizes no caminho do uso sustentável do território. Desse modo, viabiliza o fomento ao turismo ecológico, assim como gera oportunidades socioeconômicas para a comunidade.
Próximas etapas
O Plano de Manejo da Unidade de Conservação poderá prever infraestruturas que possibilitem, de forma ordenada, a visitação pública e turística no território. Além disso, colaborará para a articulação do turismo de base comunitária, que visa promover a culinária e o artesanato locais, respeitando, assim, as regionalidades dos povos. E mais: ainda dentro do contexto da política de desenvolvimento sustentável, o plano de manejo integra os povos como parte atuante na ação de proteção e conservação. Isso ocorre a partir dos serviços ambientais e ecoturísticos possíveis no território, fortalecendo, ainda mais, o desenvolvimento sustentável.
A engenheira ambiental da Setur, Thassia Luiza Costa, enfatizou que a regulamentação da Unidade de Conservação da Pedra da Arara e da Cachoeira de Macambira trará diretrizes para atividades turísticas de baixo impacto no local, conciliando a tríade social, econômica e ambiental para a sustentabilidade. “Sem dúvida, a criação de áreas protegidas prioriza um novo eixo de turismo sustentável no interior de Sergipe. A Pedra da Arara e a Cachoeira de Macambira são um passo inicial e têm potencial para atrair visitantes e impulsionar a economia local com foco na preservação”, considera.
De acordo com Thassia Costa, a área do Complexo Serra da Miaba, que visa instituir, pelo menos, cinco unidades de conservação, tem um propósito principal de desenvolver o ecoturismo a partir das diretrizes de ordenamento. Dessa forma, a Secretaria de Estado do Turismo realizou, nos anos anteriores, uma série de estudos técnicos com o objetivo de colaborar para a composição dessas UC. “Inclusive, as unidades de conservação da Cachoeira de Macambira e da Pedra da Arara já tiveram a legislação aprovada, o que tem significativo impacto para a proteção dos atrativos naturais e da biodiversidade”, explica.
Outras unidades de conservação
O Governo do Estado continua em articulação junto aos órgãos ambientais e com os municípios para instituir as leis das outras unidades de conservação previstas. No momento, o estado já obteve uma resposta positiva do município de Lagarto para somar também as áreas naturais da região, em especial, a Cachoeira do Saboeiro, que está sendo turisticamente visitada. Nesse contexto, a gestão estadual visa fortalecer a criação de uma unidade de conservação protegida na região de Lagarto, que vai integrar o mosaico do Complexo Serra da Miaba.